O regresso dos Club Cheval: um novo disco e um espetáculo que promete impressionar - TVI

O regresso dos Club Cheval: um novo disco e um espetáculo que promete impressionar

  • Sofia Santana
  • 9 jul 2016, 21:21
Club Cheval

Canblaster, Myd, Sam Tiba e Panteros666 são quatro produtores de música eletrónica que um dia decidiram formar uma banda. Juntos formam os Club Cheval e esta noite prometem fazer o público do NOS Alive vibrar no Palco Clubbing. O grupo francês esteve à conversa com a TVI24

Canblaster, Myd, Sam Tiba e Panteros666 são quatro produtores de música eletrónica que um dia decidiram formar uma banda. Juntos formam os Club Cheval e esta noite prometem fazer o público do NOS Alive vibrar no Palco Clubbing. O grupo regressa este sábado ao festival onde atuou em 2012 - nesse ano o destaque eram outros franceses, os Justice.

Trazem consigo um primeiro álbum, "Discipline", lançado este ano, e um espetáculo ao vivo que promete impressionar os fãs.

Esta tarde, estiveram à conversa com a TVI24 onde falaram sobre este trabalho e as suas influências. Contaram-nos como a ambição que tinham quando eram mais jovens os fez viajar desde a pacata cidade de Lille, no norte de França, até aos clubs mais movimentados de Paris e daí para o resto do mundo. E como os projetos que mantêm a solo enriquecem os Club Chaval enquanto grupo.

Como se sentem? Não é a primeira vez que estão em Portugal.. 

Sam: Não, estivemos aqui há quatro anos, com Gesaffelstein e Justice e Buraka Som Sistema. 

Que memórias têm do público português?

Sam: Foi um público muito bom. No nosso concerto foi fantástico e lembro-me que o público estava louco para ver Justice. 

Estão entusiasmados então?

Sam: Sim, sempre.

Lançaram o primeiro álbum, "Discipline", este ano. Como descrevem este trabalho?

Panteros666: Para este álbum decidimos focar-nos no nosso amor da juventude que era o R&B mas de uma forma ao estilo de Club Cheval. Misturamos muitas coisas que gostamos, claro, e como somos franceses e fazemos música para discotecas também tivemos influências da música house, as energias e as emoções.

Quais foram as vossas principais influências?

Panteros666: Para este álbum foram diferentes. Não sei se vamos continuar este estilo. Vamos continuar a experimentar coisas, a surpreender as pessoas, a tentar novas formas de fazer música, novas vibes. Acho que para este álbum foi Timbaland, The Neptunes, Janet Jackson, Daft Punk, Drake.

Sam: Mas vão mudar para o próximo álbum. Talvez se nos entrevistares daqui a cinco anos vamos dizer que as nossas influências são Pink Floyd (risos).

O que é que preferem: tocar em grandes festivais ou em discotecas?

Myd: Agora estamos a fazer muitos festivais porque temos um novo espetáculo ao vivo. Mas vamos começar uma digressão pelos Estados Unidos e vamos tocar principalmente em discotecas e ver como é que o espetáculo funciona nas discotecas. 

Canblaster: Vai ser interessante porque vamos poder comparar a reação das pessoas agora, que temos instrumentos, com a reação do público de há uns anos, em que eramos DJ's. 

Vocês conheceram-se na faculdade. Ouviam o mesmo tipo de música? O que é que vos juntou enquanto banda?

Sam: Não, não ouvíamos o mesmo tipo de música. Todos gostávamos de música e isso foi um bom princípio. Ouvíamos coisas muito diferentes, mas não tínhamos as mentes fechadas. Lembro-me que quando o conheci [aponta para Panteros666] ele estava a ouvir muita italo disco e eu nunca tinha ouvido falar daquilo. Mas comecei a ouvir e ele também acabou por ouvir rap, que eu ouvia.

Panteros666: O Sam também ouvia funk e eu nunca tinha ouvido funk antes. 

Sam: Descobríamos coisas diferentes ao estarmos juntos, ao sairmos juntos, ao partilhar ideias, técnicas. Olhando para essa altura agora acho que todos tínhamos muita ambição e isso foi importante. Nós não somos de Paris, somos de uma cidade no norte de França onde é fácil ser-se 'rei', sabes? E todos tínhamos ambição de ir para Paris e chegar mais longe, não para sermos famosos, mas para que mais pessoas pudessem ouvir a nossa música. 

Canblaster: Queríamos partilhar a nossa música com mais pessoas.

Cada um de vocês tem projetos a solo. Continuam a ter tempo para isso?

Sam: Temos menos tempo para isso obviamente porque estivemos a preparar o álbum e o espetáculo ao vivo. Mas continuamos a fazer isso, precisamos disso não só para clarearmos as ideias como para tornar o projeto mais forte porque sempre aprendes coisas novas quando trabalhas sozinho. Portanto nunca vamos parar de fazer isso. E consegues sempre arranjar o tempo que precisas mesmo que isso signifique dormir menos ou assim. Vamos passar mais tempo agora nas nossas carreiras a solo até prepararmos o segundo álbum dos Club Chaval. Vamos arranjar uma maneira, não se preocupem. 

E o que artistas gostariam de ver aqui no NOS Alive?

Sam: Eu gostava de ver Four Tet. 

Panteros666: Sim, igual. Eu adoro Four Tet gostava imenso de o ver. E Ratatat também.

Myd: Sim, também quero muito ver Ratatat 

Sam: E M83, também o vamos ver e talvez partilhar um cigarro com ele. 

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