Klaxons destemidos em Paredes de Coura (fotos + vídeos) - TVI

Klaxons destemidos em Paredes de Coura (fotos + vídeos)

  • João Silva
  • Manuel Lino (fotos) e Luís Silva (vídeo)
  • 31 jul 2010, 06:36

Banda não receou mostrar 8 novos temas de um álbum que ainda nem chegou às lojas e acabou por ganhar a aposta

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A terceira noite de concertos no Paredes de Coura 2010 veio provar que os Klaxons têm estofo suficiente para assumirem o papel de cabeças-de-cartaz num festival em Portugal.

À banda inglesa couberam as honras de fechar o palco principal - uma responsabilidade encarada com coragem pelos Klaxons, que apresentaram oito novas canções de um álbum que só chegará às lojas a 23 de Agosto.

«Flashover», a primeira nova faixa a ser revelada oficialmente, foi também a escolhida para abrir uma actuação intensa com poucos pontos mortos. E mesmo sem conhecerem quase metade dos temas do alinhamento do concerto, os fãs não deixaram de festejar desde o primeiro ao último minuto.

Fotos:



O rock electrónico saído das cabeças de Jamie Reynolds, James Righton e Simon Taylor-Davis conquistou a plateia não apenas em momentos óbvios, como «Golden Skans» e «It's Not Over Yet», mas também com outros menos esperados, como é o caso do tema título do novo álbum, «Surfing The Void», sério candidato a permanecer em set-lists da banda durante muito tempo.

«Magick», de refrão bem agitado, revelou que também há espaço para o mosh em concertos dos Klaxons. O final dificilmente poderia ter sido melhor do que ao som de «Atlantis To Interzone», outro dos trunfos do primeiro disco, «Myths of the Near Future». Um fecho incendiário e que colocou o concerto na lista das melhores actuações neste festival.

Vídeo:



Longe disso estiveram os White Lies, The Courteeners e Peter Hook. Os londrinos não conseguiram impressionar na sua estreia em Portugal, enquanto que à banda de Manchester faltou claramente sal na música e na performance.

Já Peter Hook e a sua banda até puxaram bem pelo público, mas o concerto valeu bem mais pela celebração do clássico álbum dos Joy Division, «Unknown Pleasures», do que pela prestação vocal do baixista que lidera este projecto.

Em alta estiveram os portugueses Paus, que, uma semana depois da participação no festival Milhões de Festa, em Barcelos, regressaram ao Minho para mais um concerto que terá deixado pouca gente indiferente.

Com uma dinâmica invejável, especialmente entre os bateristas Hélio Morais e Joaquim Albergaria, o quarteto conquistou facilmente a plateia na mistura perfeita entre elementos de electrónica e uma percussão cheia de pulso.

Vídeo:



Pedindo emprestada uma das ideias mais ouvidas na tarde de sexta-feira, é caso para dizer que «os Paus foram o plano B perfeito em Paredes de Coura», em alusão ao cancelamento do concerto do quase desconhecido Plan B, substituído no cartaz pela banda da bateria siamesa.

O EP «É Uma Água» é certamente um disco para explorar com atenção, mas mais do que um projecto interessante para ouvir em casa ou no carro, os Paus são uma banda a seguir obrigatoriamente ao vivo.

Neste terceiro dia de festival houve também tempo e espaço para The Tallest Man On Earth - um cantautor folk vindo da Suécia e com uma voz a fazer lembrar Bob Dylan - e para os espanhóis Boat Beam e os portugueses Madame Godard - num Palco IberoSounds com mais público do que no dia anterior.

Para música «fora de horas», o Palco After-Hours voltou a apresentar alternativas à cama, com Mega Bass e Plus Ultra, a partir das 02h30, altura em que, segundo a organização do festival, já tinham passado pelo recinto 19 mil pessoas.
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