Primeiro-ministro russo defende libertação das Pussy Riot - TVI

Primeiro-ministro russo defende libertação das Pussy Riot

Dmitri Medvedev disse que o tempo que as três mulheres já passaram na prisão «é mais do que suficiente»

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Há um novo, e muito pouco provável, defensor da libertação das Pussy Riot. O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, veio a público afirmar que o tempo que as três mulheres já passaram na prisão «é mais do que suficiente», noticia o «The Wall Street Journal».

«Não quero substituir a juíza, (...) mas o tempo que elas já serviram é, na essência, mais do que suficiente para as fazer pensar no que aconteceu, se foi pela própria estupidez delas ou se por outras razões», disse Medvedev esta quarta-feira durante um encontro com membros do partido do governo russo.

Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, estão presas desde março depois de, um mês antes, terem organizado um protesto dentro da maior catedral ortodoxa em Moscovo. As três mulheres cantaram «Virgem Maria, mãe de Deus, leva o Putin embora», criticando o apoio do cardeal Kiril à reeleição do presidente russo.

Em agosto, o tribunal de Moscovo condenou as Pussy Riot a dois anos de prisão, considerando-as «culpadas de vandalismo motivado por ódio religioso».

Apesar de criticar as ações das três mulheres, e a «histeria» em torno do caso, o primeiro-ministro da Rússia defendeu que a decisão correta teria sido «acrescentar uma pena suspensa aos mais de seis meses que [as Pussy Riot] já serviram».

«Prolongar o tempo delas na prisão relativamente a este caso parece ser pouco produtivo», acrescentou Medvedev.

As declarações de Dmitri Medvedev surgem uma semana após os comentários do presidente Vladimir Putin em relação ao caso. O líder russo apelidou de «obscena» a atuação das Pussy Riot na catedral ortodoxa.

No próximo dia 1 de outubro, o tribunal de Moscovo irá avaliar o pedido de recurso dos advogados de defesa das Pussy Riot que continuam a tentar a libertação imediata das três mulheres.
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