Super Bock Super Rock: o melhor ficou para o fim - TVI

Super Bock Super Rock: o melhor ficou para o fim

Queens of the Stone Age fecharam festival com verdadeira lição de rock 'n' roll perante 30 mil pessoas

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O melhor do Super Bock Super Rock ficou, definitivamente, guardado para o fim. Depois de dois dias de atuações de encher o olho, e os ouvidos, com os Arctic Monkeys e The Killers, foram os Queens of the Stone Age (QOTSA) que assinaram um dos melhores concertos do ano em Portugal.

Numa autêntica lição de rock 'n' roll com músculo e muito gás, a banda norte-americana não só apresentou alguns dos principais temas do novo álbum, «...Like Clockwork», como passou em revista o que de melhor tem feito nos últimos 13 anos.

As 30 mil pessoas presentes no recinto confirmaram que este era, de facto, o concerto mais esperado de todo o festival, e os Queens of the Stone Age não desapontaram. Pouco ou nada pode correr mal quando se começa com a força de «You Think I Ain't Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire» e «No One Knows», pontos de passagem obrigatória de qualquer fã que tenha devorado infinitamente «Songs for the Deaf», álbum que catapultou a banda para voos mais altos em 2002.

A cantoria na plateia, que incluía refrões, versos e mesmo riffs de guitarra, não cessou na primeira passagem pelo novo disco. O poder nas guitarras de «My God Is The Sun» coloca-a indiscutivelmente em qualquer alinhamento futuro dos QOTSA, de mão dada com temas mais antigos como «Burn The Witch» ou «Sick Sick Sick».

«If I Had a Tail», «Smooth Sailing» e «I Appear Missing» foram outras das passagens bem sucedidas pelo álbum lançado em junho. Mesmo em ambiente de festival, Josh Homme e companhia não tiveram receio de mostrar canções ainda menos conhecidas do público e a aposta foi ganha.

Pelo meio, «Little Sister» e «Make It Wit Chu» (esta última dedicada «às senhoras») foram exemplos de como o rock destes Queens of the Stone Age não se faz apenas de músculo, mas também de sensualidade.

Do deserto veio «I Think I Lost My Headache», viagem incrível (ainda mais ao vivo) por territórios que a banda norte-americana sabe explorar como poucos, com camadas de guitarras a gemer por cima de riffs hipnotizantes. A passagem foi natural para outras duas pérolas do álbum «Rated R» (2000), «The Lost Art of Keeping a Secret» e «Feel Good Hit of the Summer», antes da reta final, «sempre a abrir» com «Go With The Flow» e «Song for the Deaf».

Regressos a palco para quê? Em hora e meia de atuação, os Queens of the Stone Age fizeram história no Super Bock Super Rock e nos concertos em festivais em Portugal. Agora é esperar que voltem, para um espetáculo em nome próprio, quem sabe em 2014...

A derradeira etapa do Super Bock Super Rock ficou também marcada pelas boas prestações de Gary Clark Jr, homem dos blues que trata a guitarra por tu, no palco principal, e dos portugueses The Quartet of Woah!, que no Palco Antena 3 @Meco mostraram como viajar no tempo até às décadas de 1960 e '70, recuperando o rock psicadélico sem voltarem de lá a cheirar a mofo ou a soarem a uma banda de covers.

Apesar de, pelos números apresentados pela organização, o festival ter recebido um total de 85 mil pessoas ao longo dos três dias, este ano foram notórias as melhorias em termos da diminuição dos problemas de congestionamento de trânsito nos acessos ao recinto, e no atenuar do eterno dilema da poeira, com cada vez mais espaços relvados perto do palco principal.

Em 2014, em datas ainda por anunciar, a Herdade do Cabeço da Flauta, perto da praia do Meco, deverá voltar a ser o palco da edição que marcará os 20 anos do Super Bock Super Rock.
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