Rock in Rio: Machine Head electrizantes - TVI

Rock in Rio: Machine Head electrizantes

Banda apresentou pela primeira vez ao vivo a sua versão de «Hallowed Be Thy Name», dos Iron Maiden

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Depois da ausência em 2006, o metal regressou esta quinta-feira ao Rock in Rio Lisboa. Com as sonoridades mais pesadas voltaram também os Metallica, mais uma vez das estrelas mais brilhantes na constelação que é o cartaz do festival.

No terceiro concerto no espaço de quatro anos em Portugal, a banda de São Francisco voltou a cumprir o dever de qualquer banda com a sua dimensão: «deu o litro» em palco e deixou de rastos um público sedento de velhos hits que marcam qualquer concerto dos Metallica, independentemente de qualquer álbum de estúdio da sua história mais recente (leia-se: dos últimos 14 anos).

Não é arriscado dizer que das 55 mil pessoas que visitaram a Cidade do Rock nesta quinta-feira, a grande maioria foi pelos Metallica.

Gente de todas as idades, envergando quase obrigatoriamente de preto, num ambiente de festa e bem regado de cerveja, apesar do elevado preço da mesma.

Depois do arranque em força dos Moonspell, que mereciam uma noite de lua cheia como pano de fundo, foi a vez dos finlandeses Apocalyptica mostrarem que também se pode fazer música pesada com violoncelos.

As versões de «Fight Fire With Fire» e «Seek & Destroy» celebraram os heróis da noite, os Metallica, mas também houve tempo para uma mensagem bem especial. Interpretando a 5ª Sinfonia de Beethoven, os Apocalyptica deram início a uma campanha global de sensibilização pela defesa do meio-ambiente promovida pela Greenpeace.

Machine Head cheios de energia

O cair da noite trouxe os californianos Machine Head, liderados pelo sempre bem-disposto Robb Flynn. A banda de Oakland voltou para mais uma apresentação do seu mais recente disco, «The Blackening», num alinhamento bem «regado» com um punhado de canções dos dois primeiros álbuns, como «Ten Ton Hammer», «Old» ou «Davidian».

Os fãs da veia mais pesada e directa dos Machine Head ficaram certamente satisfeitos com uma actuação que «esqueceu» por completo os «negros» anos da carreira mais nu-metal entre 1999 e 2003, ano em que voltaram a ser aclamados pela crítica ao renascerem com «Through The Ashes Of Empires».

O Rock in Rio assistiu também a um inédito; convidados pela revista britânica Kerrang! a integrarem uma compilação em tributo aos Iron Maiden, os Machine Head decidiram mostrar ao público português a sua versão do clássico «Hallowed Be Thy Name».

Outro dos pontos altos de um concerto que ficou bastante prejudicado pelas deficiências técnicas que impediram que o som saisse do palco nas melhores condições. Ainda assim, nota mais que positiva, principalmente pela energia da actuação e pela comunhão entre banda e plateia.

O vocalista dos Machine Head não se cansou de elogiar a dedicação dos fãs lusos e no final parecia não querer sair de palco, desdobrando-se em agradecimentos e partilhando com o público alguns dos muitos copos de vodka cola(?) que bebeu ao longo do espectáculo.

Metallica para todos os gostos (ler mais)
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