Jay-Jay Johanson minimalista no regresso a Lisboa (fotos) - TVI

Jay-Jay Johanson minimalista no regresso a Lisboa (fotos)

Músico sueco deu concerto de quase duas horas no Santiago Alquimista

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O sueco Jay-Jay Johanson regressou esta sexta-feira a Lisboa. O músico apresentou um espectáculo minimalista no Santiago Alquimista e esteve acompanhado apenas do pianista Erik Jansson.

Canções despidas e melancólicas, letras sobre amores falhados, separações e solidão, foram o prato principal de um concerto que durou quase duas horas.

A maioria dos presentes já sabia ao que ia, não esperando encontrar um Jay-Jay Johanson muito virado para os ambientes electrónicos que marcaram grande parte da sua carreira. Voz e piano soturnos foram aplaudidos com vontade a cada tema. O sueco respondeu sempre com um sorridente «obrigado» em inglês.

Sentado nas costas de uma cadeira, e com um computador portátil numa mesa para lançar as samples com instrumentos adicionais, Jay-Jay deu o arranque descontraído ao espectáculo com «Alone Again», «It Hurts Me So» e «Far Away», fugindo à apresentação imediata de temas do mais recente álbum «Self-Portrait» (2008), o que só aconteceu à quarta canção: «Wonder Wonders»

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O falsete delicado, aquecido pelos acordes do piano de Erik Jansson, levou a plateia por «She Doesn't Live Here Anymore», «Believe In Us» ou «Escape». Desgosto atrás de desgosto, num desfilar de desgraças sentimentais capaz de aborrecer os mais optimistas.

Da primeira canção que Jay-Jay compôs e que acabou num disco («The Girl I Love Is Gone»), o sueco passou para «Tomorrow», recebida com entusiasmo. O sample de uma secção de cordas refrescou o tema retirado de «Antenna», mas as batidas electrónicas continuaram de fora.

«Monologue» foi um dos presentes que o músico sueco ofereceu ao público português. A nova faixa, nunca editada em disco, levou Jay-Jay a confessar que está a aprender a tocar guitarra.

«Comprei uma guitarra no Natal, como presente a mim próprio. Ainda estou a aprender a tocar, mas um dia quero apresentar esta canção na guitarra», afirmou.

Com o palco quase às escuras, «Skeletal» foi cantada nos primeiros versos a cappella, antes da entrada do órgão de Erik e de novos samples de violino. Fugindo ao registo minimalista e algo monótono do concerto, este acabou por ser um dos momentos mais aplaudidos, tal como um «Broken Nose» em que agitação do piano foi bem-vinda.

No primeiro regresso ao palco, Jay-Jay aproveitou para agradecer o apoio dos fãs portugueses desde o início da sua carreira. E foi já do longínquo «Whiskey», disco editado em 1997, que foi buscar «So Tell The Girls That I'm Back In Town» por breves momentos.

Provavelmente fora do alinhamento original, o segundo encore trouxe finalmente o ritmo da percussão. «Durante uma hora e quarenta minutos não vos demos batidas nenhumas», brincou o sueco, que a pedido dos fãs apresentou «On The Radio» e finalizou o concerto com «Rocks In Pockets».

Um prémio justo para os que aguentaram alguns momentos mais enfadonhos e que, à primeira oportunidade, logo se levantaram e começaram a dançar ao som das batidas trip-hop.

Alinhamento do concerto:

1. Alone Again

2. It Hurts Me So

3. Far Away

4. Wonder Wonders

5. She Doesn't Live Here Anymore

6. Only For You

7. Believe In Us

8. Escape

9. Liar

10. Rush

11. The Girl I Love Is Gone

12. Tomorrow

13. Humiliation

14. Monologue

15. Skeletal

16. My Mother's Grave

17. Broken Nose

18. She's Mine But I'm Not Hers

Encore 1

19. So Tell The Girls That I'm Back In Town

20. Suicide Is Painless

21. Milan, Madrid, Chicago, Paris

Encore 2

22. On The Radio

23. Rocks In Pockets
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