As artistas femininas, incluindo Beyonce e Taylor Swift, tiveram uma noite de recordes nos prémios Grammy 2021, um espetáculo repleto de música ao vivo, mas com muito distanciamento social devido à pandemia da covid-19.
Quatro mulheres ganharam os quatro prémios mais importantes no domingo: Taylor Swift, Billie Eilish e H.E.R..
Swift tornou-se na primeira intérprete feminina a ganhar o Álbum do Ano por três vezes. Nesta edição, venceu a categoria com o álbum "Folclore".
Billie Eilish ganhou o galardão Gravação do Ano com "Everything I Wanted", repetindo a vitória de 2020 na mesma categoria.
"I Can't Breathe" (Não consigo respirar) de H.E.R. levou para casa o prémio de Canção de Ano, um tema inspirado pelos protestos no verão passado, nos Estados Unidos, na sequência da morte do afro-americano George Floyd.
O título remete para a frase que Floyd, sufocado por um polícia durante oito minutos, pronunciou antes de morrer e que se transformou em palavra de ordem contra o racismo e a brutalidade policial.
Somos a mudança que queremos ver e essa luta que tivemos no verão de 2020 deve continuar", disse a artista ao receber o prémio.
Meghan Thee Stallion recebeu o Grammy de Revelação do Ano, sendo a primeira artista de 'rap' a triunfar nesta categoria desde Lauryn Hill em 1999.
Beyonce, com a 28.ª vitória, tornou-se a mulher mais premiada na história dos Grammy. Desta vez, a cantora norte-americana conquistou o prémio de Melhor Vídeo Musical com "Brown Skin Girl".
Harry Styles, que abriu a noite com o êxito "Watermelon Suga", ganhou o Grammy para Melhor Performance Solo Pop.
Britanny Howard, anteriormente conhecida com a banda Alabama Shakes, ganhou o Grammy de Melhor Música Rock, enquanto Fiona Apple levou para casa dois prémios pelo álbum "Fetch The Bolt Cutters".
Numa categoria de rock onde artistas femininas voltaram a estar em voga, The Strokes conseguiu ganhar o Melhor Álbum de Rock com "The New Abnormal".
O veterano do 'rap' Nas conquistou, no domingo, e depois de 14 nomeações, o primeiro Grammy para Melhor Álbum de Rap.
A estrela nigeriana Burna Boy ganhou na categoria Música do Mundo, enquanto Kanye West conquistou o 22.º Grammy, não na categoria 'rap' que o tornou famoso, mas com o álbum evangélico "Jesus Is King", votado Melhor Álbum de Música Cristã Contemporânea.
Entre os nomeados havia três portugueses na corrida: a cantora Maria Mendes na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, e o produtor André Allen Anjos na categoria Melhor Gravação Remisturada, enquanto o DJ e produtor Holly produziu oito temas de um álbum na categoria de Melhor Álbum de Dança/Eletrónica.
A lista de vencedores:
-
Álbum do Ano - Taylor Swift – "Folklore"
-
Gravação do Ano: Billie Eilish – 'Everything I Wanted'
-
Canção do Ano: H.E.R. – 'I Can’t Breathe'
-
Melhor Artista Novo: Megan Thee Stallion
-
Melhor Performance Pop a Solo: Harry Styles – 'Watermelon Sugar'
-
Melhor Performance Pop por Duo ou Grupo: Lady Gaga with Ariana Grande – 'Rain on Me'
-
Melhor Álbum Pop: Dua Lipa – "Future Nostalgia"
-
Melhor Disco de Dança: Kaytranada feat. Kali Uchis – '10%'
-
Melhor Álbum de Dança/Eletrónico: Kaytranada – "Bubba"
-
Melhor Performance Rock: Fiona Apple – 'Shameika'
-
Melhor Canção Rock: Brittany Howard – 'Stay High'
-
Melhor Álbum Rock: The Strokes – "The New Abnormal"
-
Melhor Álbum Alternativo: Fiona Apple – "Fetch the Bolt Cutters"
-
Melhor Performance Metal: Body Count – 'Bum-Rush'
-
Melhor Performance R&B: Beyoncé – 'Black Parade'
-
Melhor Performance R&B: Rober Glasper feat. H.E.R. – 'Better Than I Imagine'
-
Melhor Performance Rap: Megan Thee Stallion feat. Beyoncé – 'Savage'
-
Melhor Canção Rap: Megan Thee Stallion feat. Beyoncé – 'Savage'
-
Melhor Álbum Rap: Nas – "King’s Disease"
-
Melhor Álbum Folk: Gillian Welch & David Rawlings – "All the Good Times"
-
Melhor Banda-sonora: Hildur Guonadóttir – "Joker"
-
Melhor Canção para Filme: Billie Eilish – 'No Time to Die'
-
Melhor Vídeo: Beyoncé - 'Brown Skin Girl'
-
Produtor do Ano, não clássico: Andrew Wyatt