Tara Perdida editam "Luto" em homenagem a João Ribas - TVI

Tara Perdida editam "Luto" em homenagem a João Ribas

Tara Perdida

Com um novo vocalista, Tiago Afonso, a banda não esquece João Ribas e vê em "luto" também um sinónimo de "lutar"

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Os Tara Perdida editam, na segunda-feira, o álbum "Luto", com o qual querem mostrar que a banda punk portuguesa quer continuar, apesar da morte do líder e antigo vocalista, João Ribas, a quem dedicam todas as músicas.

"O disco foi a melhor maneira de continuarmos e de mostrarmos que somos Tara Perdida. Foi tudo feito com muita emoção, mas este disco é dedicado a ele - foi a bandeira do punk", afirmou à agência Lusa o guitarrista Rui Costa, que está no grupo desde a fundação, em 1995.


Tara Perdida com novo vocalista


Com produção de Mário Barreiros, "Luto" apresenta ainda um novo vocalista nos Tara Perdida, Tiago Afonso (ex-Easyway), que ocupa o lugar de João Ribas, falecido em 2014, aos 48 anos, vítima de doença respiratória.

"O Tiago tem outra imagem e outro carisma. É um excelente cantor, representa uma evolução nos Tara Perdida, mas houve ensaios difíceis - ouvir outro timbre e perceber se ele se enquadrava ou não. E enquadra", afirmou o músico.


Os Tara Perdida, que este mês celebram 20 anos de existência, editam "Luto" dois anos depois de "Dono do mundo". Com a morte de João Ribas, a formação perdeu ainda o baixista Nuno Espírito Santo, que saiu do grupo, sendo substituído por Alexandre Morais. O grupo integra ainda Pedro Rosário e Tiago Silva.

Apesar da imagem gráfica ser em tons de negro, com um recorte de um caixão na capa e a fotografia de João Ribas no "booklet", Rui Costa sublinha que este é um disco solar, de renascimento da banda.

"Há uma revolta, porque nunca estamos preparados para a morte. Nunca tinha perdido uma pessoa tão importante e isso foi muito duro. É um disco feito em cima de uma dor inesperada, mas queremos passar essa revolta para um lado positivo e motivador", disse o guitarrista de 42 anos.

"Luto", que, segundo Rui Costa, pode ser entendido também como uma conjugação do verbo "lutar", de uma banda que tenta sobreviver à morte de um músico, tem temas como "Histórias de silêncio", "Um dia de cada vez" e "Até ao fim", música que foi escrita um mês depois da morte de Ribas.

 
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