Festival Marés Vivas: Morcheeba, Goldfrapp e GNR (vídeo) - TVI

Festival Marés Vivas: Morcheeba, Goldfrapp e GNR (vídeo)

  • Redação
  • Cátia Soares | Hugo Sousa (fotos) | Paulo Sampaio (vídeo)
  • 16 jul 2010, 06:50

16 mil pessoas vieram até Vila Nova de Gaia para assistir ao primeiro dia do evento

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«Festival molhado, festival abençoado». Estas parecem ser as palavras de ordem da oitava edição do festival Marés Vivas. Neste primeiro dia do evento, em que todos os caminhos iam dar ao Cabedelo, em Vila Nova de Gaia, 16 mil pessoas pararam para ver Morcheeba, Goldfrapp e os portugueses GNR.

A banda portuense LOBO fez as honras da casa por volta das 19 horas e aproveitou para apresentar o seu primeiro álbum de originais, intitulado «Socorros A Náufragos». E de Santa Maria da Feira chegaram, entretanto, os DR1VE com o seu último disco, «Páginas De Um Dia».

Mas foi por volta das 22 horas, já com o recinto mais composto, que os Morcheeba se apresentaram no Palco TMN. Os irmãos Paul e Ross Godfrey e a vocalista Skye Edwards conseguiram, sem grandes esforços, mostrar ao público que aquilo que os voltou a unir é bem mais forte do que as razões que, em tempos, os mantiveram afastados.

Bastante acarinhada pelo público, a banda inglesa de Trip Hop recordou velhos êxitos, como «Be Yourself», «Otherwise» e «Rome Wasn`t Built In A Day».

«Gostam da minha roupa?», perguntou Skye, que escolheu para este concerto um vestido vermelho de penas. Sempre bastante comunicativa, a vocalista foi interagindo com as pessoas do público, pedindo até que fizessem a «onda» e cantassem consigo.

Os sons electrónicos em contraste com a voz melódica e suave de Skye estiveram ainda em evidência nos temas do novo álbum da banda, «Blood Like Lemonade», aqui representado por temas, como «Even Though», «Crimson» e «Beat Of The Drum».

Seguiu-se a actuação da dupla inglesa Goldfrapp. Como seria de esperar, a vocalista Alison entrou a «matar» com um esvoaçante e brilhante casaco preto, que fazia sobressair os seus cabelos loiros, e não parou por um instante.

«Obrigada», disse a cantora, esforçando-se por falar em português.

«Strict Machine», «Ooh La La», «Number 1» e «Train» foram alguns dos temas que os britânicos apresentaram no festival e que conseguiram pôr a plateia a dançar. Depois de uma passagem pelo Sudoeste, em 2008, os Goldfrapp voltaram ao nosso país com o novo álbum, «Head First», que chegou às lojas precisamente dez anos depois do lançamento do disco de estreia da banda.

Finalmente chegou a vez dos GNR, que se portaram como uns verdadeiros «Reis do Rock». A banda de Rui Reininho mostrou-se cúmplice e mais viva do que nunca ao editar recentemente o álbum «Retropolitana», e neste concerto surgiu a confirmação: os GNR são uma da mais antigas bandas de rock português e a sua essência permanece na memória daqueles que os viram crescer e já começa a fazer também parte das preferências dos mais jovens.

«Rei do Rock», que foi o tema escolhido para dar início ao espectáculo, integra o novo disco do grupo, à semelhança de «Clube Dos Encalhados», «Outra X» e «Únika», que também foram apresentados esta noite.

Mas aqueles que são os grandes sucessos na voz peculiar de Rui Reininho não ficaram de fora. Perante o público, completamente ao rubro a saltar, a bater palmas de braços no ar e a cantar os temas de cor, os GNR recordaram «Dunas», «Asas», «Sexta-feira», «Mais Vale Nunca», «Sangue Oculto» e «Pronúncia Do Norte», não fossem os GNR também uma banda do Porto.

O vocalista aproveitou ainda para agradecer aos fãs a «vida maravilhosa» que tem. «Ficava aqui a noite toda» ou «Se um dia nós pudermos fazer o mesmo por vocês avisem» foram algumas das palavras de Rui Reininho, que deu por terminado o concerto ao segundo encore, já com alguma chuva à mistura.

O também aguardado Edward Maya subiu então ao palco Moche TMN. Depois de alguns «falsos alarmes», «Stereo Love» fez-se ouvir e mostrou, mais uma vez, que é já um sucesso estrondoso.

Em Vila Nova de Gaia a maré ainda só começou a subir...
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