Uma “frota de raposas”, um Tigerman apoteótico e uns Shame sem vergonha - TVI

Uma “frota de raposas”, um Tigerman apoteótico e uns Shame sem vergonha

  • João Guilherme Ferreira
  • 17 ago 2018, 02:58

Crowd surfing, rock’n roll, camisolas despidas e uma homenagem a Aretha Franklin: o segundo dia do Vodafone Paredes de Coura

Os Fleet Foxes eram os cabeças de cartaz, mas dividiram o protagonismo com Jungle, Legendary Tigerman e Shame. A banda britânica interagiu de uma forma única com o público.

Apesar do nome, os Shame não mostraram vergonha nenhuma enquanto tocavam no palco principal. A banda britânica fechou a tarde do segundo dia e, pode afirmar-se, deram um verdadeiro espetáculo de rock.

Sem “Shame” o vocalista da banda, Charlie Steen, despiu a camisola mergulhou por entre as mãos dos festivaleiros que assistiam ao concerto. A banda tocou alguns dos êxitos como “Concret” ou “One Rizla” e mostrou “o verdadeiro rock’n roll”.

Os festivaleiros foram jantar enquanto o palco principal era preparado para receber The Legendary Tigerman. Paulo Furtado apareceu acompanhado por uma banda, pondo um ponto final no “conceito de one man show”.

O cantor ofereceu ao público músicas de sempre, como Fix of Rock'n'Roll, mas apresentou os novos temas do álbum Misfit lançado no início deste ano. Durante a atuação Paulo Furtado entregou-se, literalmente, ao público com um “crowd surfing” entre as mãos de que assistia de perto ao espetáculo. Houve ainda tempo para oferecer uma guitarra a um festivaleiro.

A dose de rock terminou com a subida ao palco dos Fleet Foxes. A banda norte americana colocou alguma “água na fervura” e fez com que os público se voltasse a sentar no anfiteatro natural ao som de “White Winter Hymnal”.

Em palco, o grupo misturou a sonoridade do folk com um espetáculo de luzes que prendeu a atenção dos espetadores.

A calma imposta pela “frota de raposas” terminou com a subida ao palco dos últimos artistas da noite. O soul moderno dos Jungle transformou o anfiteatro natural numa pista de dança. “Time” lançou uma das atuações com a maior simbiose, entre público e artistas ,vivida nestes primeiros dias do Vodafone Paredes de Coura.

Não consigo pensar num sítio melhor para tocar”, afirmou o vocalista dos Jungle, Joshua James Lloyd-Watson

Ao longo do concerto foram vários os momentos em que os festivaleiros acompanharam com palmas a compasso os temas da banda norte-americana. Jungle revelaram ainda que o novo álbum está preparado e chega daqui a menos de um mês, no dia 14 de setembro.

O grupo bebe de influências do soul e por isso não deixou passar ao lado a morte de Aretha Franklin. A banda dedicou uma das músicas à cantora, considerada uma influência para todos os membros dos Jungle.

Assim que o concerto terminou, e o público começava a dispersar, o palco Vodafone despediu-se ao som de “Respect”, um dos êxitos da artista soul norte-americana.

Sobre o palco principal uma nota para o regresso dos X-Wife, três anos depois da última passagem pela praia fluvial do Taboão. Quatro anos depois de lançado o último álbum, a banda indie-rock apresentou “This Game”, o single lançado no presente ano.

 

O segundo dia de festival foi o primeiro do palco Vodafone FM

Surma encerrou o palco Vodafone FM. A artista portuguesa apareceu sozinha em palco, mas rodeado por diversos instrumentos. Um concerto que encheu a zona envolvente ao palco secundário do festival e recebeu críticas positivas do público que a ouvia.

Pelo palco secundário passaram ainda Fugly, na abertura oficial deste palco, e The Mystyrious Ligths, uma banda norte-americana com raízes do psych-garage. A surpresa do dia foi Japanese Breakfast, um projeto a solo da compositora Michelle Zauner.

Para o terceiro dia do Vodafone Paredes de Coura está marcada a estreia do hip hop pela voz do rapper norte-americano Skepta. Pelo palco principal vão passar nomes como Slwodive e Diiv, enquanto que as Pussy Riot, o grupo feminista, que muito tem contestado Putin, vai atuar, pela primeira vez em Portugal, no after hours do palco Vodafone FM.

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