Metade dos portugueses apoiam o país mesmo nas decisões erradas - TVI

Metade dos portugueses apoiam o país mesmo nas decisões erradas

Bandeira de Portugal

Mais de metade dos portugueses apoiam o país mesmo quando este toma decisões erradas, o que os torna, por exemplo, mais nacionalistas que os norte-americanos, indica um Estudo sobre Identidade Nacional que será divulgado quarta-feira em Lisboa.

O estudo, cujos resultados vão ser apresentados quarta-feira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, foi realizado no âmbito da rede de pesquisa International Social Survey Programme (ISSP).

Esta rede internacional envolve 40 países e constitui uma infra-estrutura de conhecimento destinada a apoiar a pesquisa dos investigadores em ciências sociais.

Portugal participa desde 1996 nesta rede no âmbito do Programa Atitudes Sociais dos Portugueses do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, coordenado por Jorge Vala e Manuel Villaverde Cabral, cita a «Lusa».

Segundo os dados apurados pelos investigadores portugueses Jorge Vala e José Manuel Sobral, a média dos portugueses mostram-se mais nacionalistas do que os dinamarqueses, noruegueses, suecos, ingleses, japoneses, franceses e norte-americanos.

Do conjunto dos países analisados, os portugueses são os que mais defendem que o seu país deve ser apoiado mesmo quando tomou uma posição errada (50,5%) logo seguidos dos dinamarqueses (43,9%) e dos norte-americanos (36,8%).

Os suecos, por exemplo, detêm a menor percentagem neste indicador (14,1%).

Relativamente ao patriotismo, no sentido de orgulho na história do país, os portugueses estão entre os dois países que mais orgulho revelam no passado histórico do seu país (91,8%).

Os norte-americanos liderem a tabela com 92,8%.

Contudo, se forem considerados vários outros indicadores de patriotismo, os portugueses são em média menos patriotas do que alguns dos países da União Europeia.

Em relação ao que define verdadeiramente um cidadão de um país, os portugueses dão mais importância ao conhecimento da língua enquanto aspecto instrumental e cívico do que à ancestralidade.

Quase 95% dos portugueses defende que é importante falar a língua do país para definir alguém como um verdadeiro nacional.
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