Faria de Oliveira: banca preparada para financiar economia - TVI

Faria de Oliveira: banca preparada para financiar economia

Líder da APB alerta para «necessidade premente» de recapitalização das empresas

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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, disse esta quarta-feira que a banca portuguesa está preparada para financiar a economia, mas sublinhou a «necessidade premente» de recapitalização das empresas.

O presidente da APB, que esta quarta-feira assinou um protocolo para dinamizar a linha de financiamento Investe QREN junto dos seus associados, salientou que os bancos «estão preparados e cumprirão esta missão fundamental de financiar a economia», apesar do agravamento das suas condições de exploração e das crescentes exigências regulatórias e de rigor no que respeita à avaliação e gestão de riscos.

Faria de Oliveira acrescentou que a assinatura do protocolo é «um sinal claro» desta intenção, já que a banca tem neste processo uma função de partilha de risco e assume 50 por cento do valor da linha, escreve a Lusa.

O responsável da APB justificou que os constrangimentos que ditaram a restrição do crédito às empresas a partir de 2010 estão relacionados com «a necessidade de desalavancagem que os bancos tiveram de passar» e com a recessão económica, mas também com a debilidade dos balanços de muitas empresas.

«Daí a necessidade premente de recapitalização das empresas, para poderem ter acesso às diferentes linhas de financiamento, sejam elas quais forem, em condições razoáveis».

Faria de Oliveira considerou que, tal como a banca teve de realizar um processo de desalavancagem, também as empresas portuguesas, cujo nível de endividamento chegou a atingir 128 por cento do PIB, tiveram de passar por um processo semelhante devido à necessidade de aumentar o seu capital, condição fundamental para «normalizar as condições de crédito».

A linha de financiamento Investe QREN conta com mil milhões de euros (500 milhões de euros provenientes do Banco Europeu de Investimento e o restante das instituições bancários) para alavancar projetos no valor de 3 mil milhões de euros.

A linha estará disponível a partir de 16 de agosto nos bancos aderentes.
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