O alemão da NBA que toca música, lê e recusa despedidas - TVI

O alemão da NBA que toca música, lê e recusa despedidas

Extremo dos Dallas Mavericks já marcou data para se retirar. Quer continuar ao alto nível e, quando acabar o contrato, pára – simplesmente. Porque ele é assim, como pode constatar

Dirk Nowitzki anunciou o final da carreira. Não para agora, mas o final ficou anunciado: daqui a dois anos quando terminar o contrato com os Dallas Mavericks, o seu clube de sempre na NBA.

É um grande jogador de basquetebol que vai deixar os campos (mesmo que não seja já) e o currículo da praxe – assumidamente resumido (porque se fica à espera do abandono) – segue já agora.

O extremo alemão ganhou o título de campeão da NBA em 2011, quando foi considerado o MVP das finai frente aos Miami Heast. Em 2007 foi o MVP da NBA sendo o primeiro jogador europeu a ser distinguido como o melhor do campeonato profissional do basquetebol norte-americano. Ganhou o concurso de 3 pontos do fim de semana All-Star em 2006, esteve em 12 equipas All-NBA e em 13 jogos All-Star tendo sido também a ser o primeiro europeu a começar um jogo destes. É o melhor marcador de sempre dos Mavericks e entre estrangeiros na NBA sendo o sétimo melhor de todos na história da prova, com 28.119 pontos. Foi o melhor marcador e eleito MVP do Campeonato do Mundo 2002 (ganhou o bronze pela Alemanha) e do Europeu 2005 (ganhou a prata) sendo ainda considerado o melhor jogador do seu continente em 2005 e 2001.



Dezassete épocas depois de ter chegado à NBA e render dedicação aos Mavericks, Dirk Nowitzki promete mais duas temporadas ao seu nível antes de sair. O seu nível está em ser um dos maiores lançadores da história da NBA.

«Eu ainda quero jogar as duas temporadas que figuram no meu contrato. (...) O abandono acontecerá a seguir. Eu acho que posso jogar ao mais alto nível. (...) Não sou o tipo de jogador que anuncia uma ano antes que vai retirar-se e fazer uma tournée de despedida. É a pior coisa que se pode imaginar. Quando eu tiver essa decisão será definitiva.»

Nas declarações colhidas no «L’Equipe», Nowitzki mostra um pouco mais do que é em relação àquilo tudo que se conhece e reconhece e que foi resumido acima.

O filho de uma basquetebolista e de um andebolista internacional alemão, e com uma irmã que foi corredora campeã alemã e também basquetebolista, não fugiu ao desporto. A altura acabou por fixá-lo no basquetebol.

O treinador Holger Geschwindner pegou nele e privilegiou o lançamento e o passe em detrimento do treino físico e tático, ao mesmo tempo que o incentivava a tocar um instrumento musical e a ler literatura.

Aos 37 anos, Nowitzki não recusou contar de forma bem partilhada, como podemos agora todos ouvir, o que «um treinador» lhe disse para fazer quando mostrava estar muito tenso na linha de lance livre. Como nota de rodapé, refere-se que «Mr. Jones» dos Counting Crows é uma música de 1993...



Aos 16 anos, em 1994, o extremo que cresceu até aos 2,13 metros de altura na idade adulta, passou a fazer parte do DJK Würzburg a tempo inteiro – leia-se, a fazer parte de uma equipa (da II Divisão alemã).

Com 18 anos, o alemão terá recusado um convite do Barcelona porque quis acabar o ensino secundário. Nowitzki completou esse grau escolar na temporada 1997-98, a última que fez na Alemanha, pela qual já era internacional. Os dois anos precedentes foram marcados por convites de patrocinadores para eventos em que estavam figuras da NBA. Concluído o liceu, feito o serviço militar obrigatório, e a ser visto por figuras como Charles Barkley, o salto foi inevitável.

Nowitzki foi anona escolha no draft de 1998 dos Milwaukee Bucks, mas foi trocado de pronto para o «Mavs», pelos quais disputou 14 play-offs nestes 17 anos na NBA. O quarto alemão na (Uwe Blab, Christian Welp e Detlef Schrempf, que tinha 35 anos e jogava nos Seatle Supersonics quando Nowitzki chegou) estreou-se na NBA em 1998-99, na época marcada pela greve dos jogadores que recusaram aceitar um tecto salarial como queria o comissário David Stern.

Até hoje, o jogador alemão tem um registo de mais de 208 milhões de dólares (cerca de 185 milhões de euros ganhos em salários na equipa de Dallas. A família descreve-o como pacato e uma pessoa que não se deixou influenciar pelo dinheiro e pela fama. Continua com o hábito da leitura e toca saxofone. Mantém Geschwinder nas sua relações de amizade e há quem diga que é mesmo o seu melhor amigo.

Dirk Nowitzki é casado com Jessica Olsson, irmã dos futebolistas suecos Martin e Marcus Olsson. O casal tem uma filha com 2 anos e um filho nascido neste ano. Aqui fica mais um registo de uma reação de uma pessoas como as outras.



Mas, para que não se pense que se não se faz a devida homagem ao que ele significa para o basquetebol, têm de ficar também as imagens do grande lançador alemão dos Dallas Mavericks – que incluem momentos dos tempos de adolescente no país Natal...

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