Júlio César Toresani, o homem que ficou famoso por afrontar Diego Maradona num Boca-Colón em outubro de 1995, foi encontrado esta segunda-feira sem vida.
Toresani, 52 anos, lutava contra uma forte depressão já há alguns meses e estava atualmente a pernoitar num escritório dentro da sede da Associação de Futebol de Santa Fé. Foi nessa sala, de resto, que um funcionário o encontrou já morto às primeiras horas da manhã.
A imprensa argentina explica que Júlio César Toresani atravessava um período muito difícil, a nível familiar e profissional. Os jornais referem que o antigo defesa e atual treinador se separou recentemente, com cenas de violência à mistura, e que em fevereiro foi despedido de um emblema uruguaio (Rampla Junior) depois de ter agredido o presidente do clube.
Na passada semana, Toresani chegou mesmo a ser transportado de urgência para um hospital, apresentando um quadro de intoxicação agudo com álcool e medicamentos.
Ainda não há confirmação oficial, mas tudo aponta para que Júlio César Toresani se tenha suicidado por enforcamento. Axel Menor, presidente da Associação de Santa Fé, confirmou a preocupação que todos já sentiam por Toresani.
«Oferecemos-lhe uma sala para que estivesse cómodo e em segurança. Era visitado por muitos amigos, mas sentia-se muito mal por não ter trabalho», disse o dirigente à rádio Aire da Santa Fe.
Júlio César Toresani teve uma longa carreira no futebol argentino na pele de defesa. Jogou entre 1984 e 2004 em alguns dos maiores clubes do país: River, Boca, Independiente, Colón e outros. Como treinador dividiu-se entre a Argentina, a Bolívia e o Equador, acabando nos uruguaios do Rampla.
Em 95, no tal combate verbal com Maradona, ficou famoso o desafio de Diego, convidando Júlio César a aparecer em sua casa: «Segurola e Habana 4310, sétimo piso. Ele que venha falar comigo.»
VÍDEO: morreu Toresani, o defesa que ameaçou Maradona em 95
- Redação Maisfutebol
- 22 abr 2019, 16:49
Antigo defesa do River e do Boca foi encontrado sem vida; lutava contra uma forte depressão
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