A Suécia presta homenagem ao realizador Igmar Bergman, esta segunda-feira, falecido aos 89 anos, com o primeiro-ministro, Fredrik Reinfelt, a qualificar as obras do cineasta de «imortais».
«Ingmar Bergman é um dos grandes dramaturgos de todo o mundo, para muitos foi o maior de todos», afirma Reinfelt em comunicado, sublinhando «o enorme contributo» de Bergman no cinema e no teatro suecos.
Já a directora da Cinemateca sueca, Cissi Elwin, destacou a estreita ligação entre o cinema sueco e Ingmar Bergman e afirmou que «não passa um dia em que os seus filmes não sejam projectados em festivais em todo o mundo».
O Instituto de Cinema da Suécia está já a preparar para Agosto uma noite de homenagem ao realizador, para a qual convida à participação de especialistas, historiadores de cinema e outros realizadores.
A par do cinema, Bergman encenou várias peças e dirigiu, entre outros, o Teatro Real de Arte Dramática, na Suécia.
O actual director artístico deste teatro, Steffan Valdemar Holm, fala de Bergman como «uma enorme fonte de inspiração».
Fora da Suécia, Gilles Jacob, o director do Festival de Cinema de Cannes, onde Bergman foi distinguido em 1957 pelo filme «No Limiar da Vida», lamenta a morte do «último dos grandes, porque provou que o cinema pode ser tão profundo como a literatura».
Por seu lado, o cineasta norte-americano Woody Allen saudou hoje em Ingmar Bergman um «amigo» e «o melhor realizador» que conheceu.
«Fiquei muito triste ao saber da sua morte», declarou Woody allen ao diário sueco Aftonbladet.
«Era realmente um amigo e sem dúvida o melhor realizador que alguma vez vi», acrescentou o cineasta norte-americano, cuja grande admiração pelo seu colega sueco era conhecida.
Em 1978, Woody Allen realizou «Intimidade», o seu primeiro filme dramático, muito inspirado nos temas e no estilo bergmanianos.
Suécia presta homenagem a Ingmar Bergman
- Portugal Diário
- 30 jul 2007, 16:44
Primeiro-ministro, Fredrik Reinfelt, qualificou as suas obras de «imortais»
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