A morte de Kobe Bryant e da filha Gianna, de apenas 13 anos, num acidente de helicóptero, marca definitivamente este domingo e o mundo do desporto ficou incrédulo com a notícia.
Eram 9:47 horas (quase duas da manhã de domingo em Portugal) quando o helicóptero caiu na localidade de Calabasas, na California, não havendo para já qualquer explicação para a queda do aparelho.
Inicialmente foi noticiado que teriam falecido cinco pessoas e só muito mais tarde, já noite em Lisboa, é que surgiu a notícia de Kobe Bryant seria uma das vítimas. Posteriormente as informações foram corrigidas para nove mortos.
A partir daí, personalidades de toda as áreas e de todos os desportos manifestaram-se em homenagem a uma das maiores figuras que o desporto mundial já conheceu.
De Cristiano Ronaldo a Lionel Messi, de Michael Jordan a Magic Johnson, o mundo juntou-se no choro ao desaparcimento de uma estrela, um dos maiores embaixadores do desporto.
Impossível não ficar comovido, de resto, com o choro compulsivo de LeBron James, ao sair do avião que transportou a equipa dos Lakers, quando soube da notícia da morte de Kobe Bryant.
Centenas de fãs juntaram-se, de resto, nas imediações do Staples Center, a casa dos Los Angeles Lakers, que Kobe representou toda a vida, para depositar coroas de flores e prestar também elas uma homenagem.
O pavilhão de Los Angeles promete ser o centro das atenções nos próximos dias, aliás.
Kobe Bryant foi também homenageado em vários jogos da NBA que decorreram já depois de ser conhecida a notícia da morte da antiga estrela dos LA Lakers.
Ou ainda esta, em que os jogadores dos Spurs e dos Raptors deixaram o tempo útil para atirar ao cesto passar, cumprindo exatamente 24 segundos sem fazer uma jogada ofensiva: 24 que era o número de Bryant.
O helicóptero - um modelo Sikorsky S-76 - deixou Orange County, onde Kobe vivia, e seguia para Thousand Oaks, onde Gianna tinha um jogo de basquetebol agendado. Após a queda, o aparelho incendiou-se e o fogo demorou cerca de uma hora até ser controlado. Um total de 56 bombeiros participaram no combate às chamas.
Além de Bryant e da filha, no helicótpero estariam o treinador John Altobelli, a sua mulher, Keri, e a sua filha, Alyssa, confirmou o Orange Coast College, uma instituição de ensino para a qual o treinador trabalhava no apoio a jovens jogadores.
It is with the heaviest of hearts that we announce the passing of Orange Coast College head baseball coach John Altobelli. He was a coach, a colleague, a mentor and a friend at OCC for 27 years.
Read our full statement at https://t.co/ttTGWOZKnm pic.twitter.com/ch8ilLHHl4
— Orange Coast College (@orangecoast) January 26, 2020
Entretanto a NBA decretou estar de luto.
Filho de um antigo jogador de basquetebol, Kobe Bryant cresceu em Itália, para onde o pai foi jogar nos últimos anos de carreira. Aos 12 anos, regressou aos Estados Unidos e dedicou-se à modalidade, que representou com enorme brilhantismo.
Em 20 anos de NBA, sempre com a camisola do LA Lakers, conquistou cinco títulos (2000, 2001, 2002, 2009, 2010), um prémio de MVP (2008), dois troféus de MVP das finais (2009 e 2010), 11 nomeações para a melhor equipa da NBA e 18 nomeações para o All-Star Game.
O brilhantismo não lhe permitiu ganhar apenas dentro de campo, tendo conquistado também, por exemplo, um Óscar em 2017 para Melhor Curta de Animação, pelo filme «Dear Basketball»: uma curta que Kobe escreveu, narrou e produziu e que transforma em animação a carta de despedida que Bryant escreveu ao The Player's Tribune, em novembro de 2015, anunciando que se reformaria no final daquela temporada.
Já na madrugada desta segunda-feira, noite de domingo nos Estados Unidos, Kobe foi homenageado nos Grammy's e mereceu um elogio sentido de Alicia Keys.