Preço do petróleo mais do que triplicou desde 2003 - TVI

Preço do petróleo mais do que triplicou desde 2003

Plataforma petrolifera

O preço do petróleo mais do que triplicou em quatro anos.

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Passou dos 30 dólares em 2003, para os 50 dólares em 2004, os 70 dólares em 2005, e estando este ano muito próximo dos 100 dólares o barril.

O preço do petróleo tem batido sucessivos recordes nas últimas semanas e o limiar dos 100 dólares, considerado por muitos como inatingível, está quase a ser batido, diz a «Lusa».

Os preços estavam na quarta-feira acima dos 98 dólares o barril, em Nova Iorque, um preço que poderia ter facilmente chegado aos 100 dólares se a quebra das reservas norte-americanas não tivesse sido menor do que a esperada.

A perspectiva de evolução dos preços a partir destes níveis está, no entanto, a dividir os analistas.

Há os que consideram que os preços vão continuar a subir, fruto de uma grande actividade especulativa e da desvalorização do dólar, e há os que defendem que haverá em breve uma correcção dos preços, uma vez que com estes níveis a procura vai necessariamente abrandar.

A cotação do petróleo estava às 11h47 nos 97,41 dólares, em Nova Iorque, e o petróleo de Brent estava nos 94,35 dólares em Londres.

A recente tensão vivida na fronteira entre a Turquia e o Iraque desencadeou a actual subida de preços, um acontecimento a provar que o petróleo continua altamente sensível às questões geopolíticas.

Já antes disso, foi a crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irão a provocar o medo e ansiedade no mercado petrolífero.

O mercado tem, no entanto, de continuar a contar com a pressão da crescente procura de petróleo por parte da Rússia e da Índia, o que aumenta as preocupações relativamente à capacidade de abastecimento por parte dos países produtores de petróleo.

A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê, num relatório divulgado na quarta-feira, que a procura aumente 55 por cento até 2030, impulsionada por estes dois países.

A AIE estima que o preço do petróleo atinja os 108 dólares o barril apenas em 2030 e encara mesmo, ao contar com um aumento de produção, um recuo aos 70 dólares por volta de 2015.

Esta hipótese depende, porém, da necessidade de um investimento de 22 biliões de dólares no sector energético mundial, dos quais 5 biliões para o petróleo, sem os quais será de esperar uma crise acompanhada de uma escalada de preços.

Os fracos investimentos realizados pela indústria petrolífera na pesquisa de novas reservas e no aparelho refinador é, aliás, um dos factores apontados para a subida dos preços.

Ao actual ritmo de crescimento da procura, a capacidade de exportação futura dos países membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), da Rússia e do México, tem levantado cada vez mais dúvidas.
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