Covid-19: Francisco Ramos "não entendeu a urgência do plano nacional de vacinação" - TVI

Covid-19: Francisco Ramos "não entendeu a urgência do plano nacional de vacinação"

    Manuela Ferreira Leite
  • HCL
  • 4 fev 2021, 23:57

Manuela Ferreira Leite sublinha que o antigo coordenador da task force para a vacinação em Portugal não teve capacidade para se dedicar a tempo inteiro ao projeto de inocular todo um país

Manuela Ferreira Leite afirmou esta quinta-feira, no seu habitual espaço de comentário, que a demissão de Francisco Ramos do cargo de coordenador do programa nacional de vacinação foi “uma boa notícia”.

Para Ferreira Leite, a decisão era esperada, até porque o plano ao cargo de Ramos “correu mal desde o início”.

“Quando, simultaneamente, surge como dirigente máximo deste plano e ao mesmo tempo dirigente executivo da Cruz Vermelha Portuguesa, reparo que foi um sinal de que não percebeu a dimensão da missão da vacinação”, diz a comentadora, sublinhando que o responsável não conseguia dar o devido valor à urgência da vacinação, ao mesmo tempo que tinha as atenções viradas para outro local.

Manuela Ferreira Leite diz ainda que o programa nacional de vacinação, pela sua necessidade, deve servir para unir o país em torno de um único objetivo. Algo que Francisco Ramos não conseguiu cumpri, não se abstendo de fazer comentários políticos e desajustados.

A comentadora reconhece que o plano orquestrado pela tas force responsável pela vacinação contra a covid-19 no país é “genérico” e pouco prático.

"Formulou-se um plano genérico, sem protocolos claros relativamente às instituições que iriam receber doses da vacina. Abriu portas a todo o tipo de imaginação, desde a boa-fé ao aproveitamento”, argumentou Ferreira Leite, apontando que a mera presença de uma lista suplente de pessoas prioritárias para a vacinação seria uma forma simples de se ultrapassar os recentes casos de inoculações indevidas.

Manuela Ferreira Leite conclui ainda que, ao não estar trabalhado na forma em que se executa, “o plano não tem uma execução com protocolos claros”, ao contrário daquilo que se verifica noutros países da União Europeia.

Continue a ler esta notícia