Manuela Ferreira Leite prefere Rio a Santana - TVI

Manuela Ferreira Leite prefere Rio a Santana

  • AM
  • 12 out 2017, 22:01

Antiga ministra das Finanças considera que o ex-presidente da Câmara do Porto tem "uma imagem mais sólida para desempenhar o papel de primeiro-ministro" do que o provedor da Santa Casa

Manuela Ferreira Leite considera que Rui Rio "tem mais condições" do que Santana Lopes para chegar à liderança do PSD e disputar as próximas eleições legislativas. No seu comentário na 21ª hora da TVI24, a antiga ministra das Finanças mostrou a sua preferência e admitiu que o ex-presidente da Câmara do Porto tem "uma imagem mais sólida para desempenhar o papel de primeiro-ministro".

A história de vida dos dois, admitindo que Santana Lopes tem mais popularidade entre os militantes do PSD do que Rui Rio, mas perante o país tenho poucas dúvidas de quem é Rui Rio que tem uma imagem mais sólida para desempenhar o papel de primeiro-ministro".

A comentadora da TVI24 diz que enquanto a candidatura de Rui Rio não foi inesperada - "toda a gente sabia que ele tinha intenções de se candidatar" - a de Santana Lopes a surpreendeu porque "não era previsível" que o provedor se candidatasse.

Em primeiro lugar, Pedro Santana Lopes nem começou muito bem. Fez o anúncio só de que se candidatava num programa televisivo que faz e ainda não formalizou. Não sei quais são os motivos que o levam a candidatar-se (...). Para mim, foi uma surpresa porque não era previsível. O Pedro Santana Lopes é evidente que gosta das lutas políticas, mas há menos de um ano tinha sido reconduzido numa função muito importante importantíssima (...)".

Já quanto a Rui Rio, Manuela Ferreira Leite sublinhou que este “marcou bem os pontos essenciais para o partido e o país” durante a apresentação da sua candidatura.

A ideia de recentrar o partido, de o descolar da direita, desenvolver uma política mais social-democrata, de unir as pessoas, não haver a ideia de os velhos e os novos - quando se fala nos barões é sempre um bocado depreciativo - a ideia de que todos são úteis e essenciais e que os velhos têm o grande benefício de que toda a colaboração que não não é à espera de nenhuma benesse”.

Perante as duas candidaturas, a antiga ministra das Finanças diz não ter dúvidas de qual o candidato que tem "uma imagem de credibilidade superior" para ser líder do partido e não só.

Eu acho que a liderança do partido evidentemente é um ponto essencial, mas eu faço a minha escolha em perceção de que vou eleger um candidato a primeiro-ministro e portanto não vou, simplesmente, arranjar uma pessoa para "vai lá tomar conta do partido". Não é isso que está em causa, o que está em causa é quem é que se pensa que tem mais condições para, numas eleições legislativas, ser candidato a primeiro-ministro. E aí, pessoalmente, não tenho nenhuma reserva em dizer que Rui Rio tem bastantes mais condições porque tem uma imagem de credibilidade pelo seu percurso que perante a opinião pública lhe dá uma credibilidade que é superior à de Santana Lopes".

Ferreira Leite lembra ainda que Santana Lopes "já se candidatou a primeiro-ministro e quando se candidatou" perdeu, por maioria absoluta, para Sócrates. 

As pessoas que costumavam votar no PSD não lhe reconheceram, por motivos provavelmente até injustos, não lhe reconheceram essa credibilidade para ser primeiro-ministro", acrescentou.

A comentadora da TVI24 considera ainda que as "últimas eleições mostraram que o núcleo duro do PSD desapareceu". "E esse ponto é um ponto absolutamente essencial: de recuperar o núcleo duro. Mas as eleições legislativas não se ganham com os votos dos militantes do PSD. Ganham-se com os votos de quem não é do PSD".

Quanto à possibilidade do aparecerem mais candidatos na corrida à liderança do partido, Manuela Ferreira Leite considera "difícil" que tal aconteça. 

Não vejo, se calhar, [se seja] muito fácil [aparecerem mais candidatos]. Neste momento estão dois posicionados, se calhar qualquer um que aparecesse vinha para marcar uma posição para um futuro porque com estes dois em luta isso [ser eleito] não seria muito fácil de acontecer", reiterou. 

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