"Costa reconhece que arranque de campanha não está a correr muito bem" - TVI

"Costa reconhece que arranque de campanha não está a correr muito bem"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.

Constança Cunha e Sá analisa a carta escrita pelo líder do PS aos eleitores indecisos, no novo programa da TVI24, 21ª Hora

A carta que António Costa escreveu aos eleitores indecisos, e que foi publicada no seu site de candidatura às legislativas do dia 4 de outubro, é o "reconhecimento de que o arranque de campanha não está a correr muito bem para o PS", segundo Constança Cunha e Sá.

"Houve vários episódios. Não houve nada que não tivesse acontecido ao PS: as sondagens a dar empate técnico numa coisa que era impensavel há um ano, ou quando Costa ganhou a liderança do PS; a altura que Maria de Belém escolheu para avançar para as presidenciais; a questão da Grécia".


No novo programa de informação da TVI24, 21ª Hora, a comentadora de política disse também que o Governo está a "exagerar" no que toca a este último ponto, como se António Costa fosse "um perigoso esquerdista".

De qualquer modo, o "virar de página da austeridade" que o líder do PS promete se ganhar as eleições e volta a frisar naquela carta, "não é uma alternativa tão nítida para os eleitores", defendeu.

"As pessoas perceberam e a Grécia ajudou a perceber que nao pode virar a página [dadas as imposições europeias], pode fazer um bocadinho melhor ou pior, o que deixa uma margem muito estreita para o PS. A coligação tem usado discurso populista, trauliteiro até, de certa frma, com algumas mentiras também, mas muito eficaz"


Para além disso, na opinião de Constança Cunha e Sá o PS tem estado "sempre na defensiva". "Não comanda agenda, é talvez até um pouco elaborada demais, com estudos, contas, contabilizações. Quando António Costa explica que os 207 mil empregos são uma simulação e não uma promessa, as pessoas ficam com a promessa"


Sobe e desce


Numa nova rubrica, no mesmo espaço de comentário, o Sobe e desce, sobre factos diários, a comentadora da TVI24 deu nova positiva a Maria Luís Albuquerque pelo aumento das receitas de IRC, mesmo com a descida do imposto para 21%. "Isso é uma boa notícia do para o Governo e prova que, de certa forma, se pode baixar o IRC sem que isso prejudique ou leve menos dinheiro para o Estado".

A descer, Rui Vitória, treinador do Benfica. "Sou do benfica e fico esupefacta com o que se está a passar. Não vou entrar em pormenores técnicos, mas 8 jogos, o Benfica ganhou um. Não é preciso saber muito de futebol, para perceber que há aqui alguma coisa muito errada".
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