"Houve vários episódios. Não houve nada que não tivesse acontecido ao PS: as sondagens a dar empate técnico numa coisa que era impensavel há um ano, ou quando Costa ganhou a liderança do PS; a altura que Maria de Belém escolheu para avançar para as presidenciais; a questão da Grécia".
No novo programa de informação da TVI24, 21ª Hora, a comentadora de política disse também que o Governo está a "exagerar" no que toca a este último ponto, como se António Costa fosse "um perigoso esquerdista".
De qualquer modo, o "virar de página da austeridade" que o líder do PS promete se ganhar as eleições e volta a frisar naquela carta, "não é uma alternativa tão nítida para os eleitores", defendeu.
"As pessoas perceberam e a Grécia ajudou a perceber que nao pode virar a página [dadas as imposições europeias], pode fazer um bocadinho melhor ou pior, o que deixa uma margem muito estreita para o PS. A coligação tem usado discurso populista, trauliteiro até, de certa frma, com algumas mentiras também, mas muito eficaz"
Para além disso, na opinião de Constança Cunha e Sá o PS tem estado "sempre na defensiva". "Não comanda agenda, é talvez até um pouco elaborada demais, com estudos, contas, contabilizações. Quando António Costa explica que os 207 mil empregos são uma simulação e não uma promessa, as pessoas ficam com a promessa"
Sobe e desce
Numa nova rubrica, no mesmo espaço de comentário, o Sobe e desce, sobre factos diários, a comentadora da TVI24 deu nova positiva a Maria Luís Albuquerque pelo aumento das receitas de IRC, mesmo com a descida do imposto para 21%. "Isso é uma boa notícia do para o Governo e prova que, de certa forma, se pode baixar o IRC sem que isso prejudique ou leve menos dinheiro para o Estado".
A descer, Rui Vitória, treinador do Benfica. "Sou do benfica e fico esupefacta com o que se está a passar. Não vou entrar em pormenores técnicos, mas 8 jogos, o Benfica ganhou um. Não é preciso saber muito de futebol, para perceber que há aqui alguma coisa muito errada".