“Qualquer solução que signifique a saída da Grécia da zona euro terá consequências para toda a zona euro e na linha da frente dos que podem sofrer consequências está certamente Portugal. […] Não brinquemos com o fogo.”
O comentador da TVI24 afirmou que compreende as declarações de Passos Coelho, no sentido de que é o que se espera de um chefe do Governo, mas sublinhou que prefere a posição “mais cautelosa” da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
“Aprecio a onda da ministra das Finanças. Acho que ela é mais cautelosa. Mas cada um cumpre o seu papel. Espera-se que o titular das Finanças seja mais cauteloso e chame a atenção para os riscos e repercussões para o conjunto da zona euro. [...] Não vale a pena ter ilusões sobre isso.”
O papel do Presidente da República foi outro dos temas abordados por Augusto Santos Silva e, aqui, o comentador não poupou nas críticas a Cavaco Silva. Santos Silva lembrou o discurso do chefe de Estado no 10 de junho para dizer que Cavaco está a servir de “porta-voz do Governo” e que "isso não faz parte das competências do Presidente".
"O Presidente da República está a servir de porta-voz do Governo e isso não faz parte das competências do Presidente da República. O Presidente da República não tem nem que atacar o Governo em funções nem é o porta voz do Governo em funções. [Apresenta] uma colagem à narrativa do Governo com a particularidade de ser uma colagem integral ao lado cor de rosa que o Governo pode apresentar. Admiro a sagacidade politica de cavaco silva."
O comentador da TVI24 referiu ainda que não entende o "alívio" de Cavaco em relação à privatização da TAP e questionou se o Presidente da República tem informação sobre o processo que se desconhece.
"Ele saberá alguma coisa que nós não soubemos?"