Paulo Portas analisou, no seu espaço de comentário "Global", no Jornal das 8 da TVI, as eleições legislativas no Reino Unido que deram a maioria absoluta a Boris Johnson, a Cimeira do Clima (COP25) que decorreu em Madrid, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e ainda as supostas divergências entre António Costa e Mário Centeno.
Em termos básicos, vai haver Brexit, vai haver Brexit de acordo com o acordo que Boris Johnson estabeleceu com as instituições europeias e, pela primeira vez na história da União Europeia (UE), um país sai, veremos se é a última vez".
Depois do longo e demorado processo da saída do Reino Unido da UE, Paulo Portas fez uma lista das sete lições a retirar deste caso:
- O parlamento britânico convocou um referendo e ignorou durante três anos o seu resultado;
- O Brexit vai acontecer a 31 de janeiro, mas até final de 2020 o Reino Unido tem de fazer um acordo comercial com a UE;
- Boris Johnson teve um mau resultado em Londres;
- O primeiro-ministro britânico vai ter de lidar com a Escócia, que vai pedir um segundo referendo pela independência mas, para isso, é preciso uma autorização de Boris Johnson que já anunciou que não a vai dar;
- A tentativa de fazer partidos novos falhou completamente;
- O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, seguiu uma postura marxista que favoreceu o primeiro-ministro britânico;
- Boris Johnson é muito criticado, mas não pode ser comparado a Donald Trump.
Outro dos temas em análise foi a Cimeira do Clima, denominada de COP25, que decorreu ao longo de 14 dias em Madrid. Paulo Portas confessou ter mais esperança na COP26 e explicou porquê.
Esta acontece num momento em que, por vários fatores, é muito difícil conseguir conseguimentos, ou seja, conseguir avanços, porque os Estados Unidos estão fora".
Houve ainda tempo para um breve comentário à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Paulo Portas falou também das supostas divergências entre António Costa e Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo.
Eu acho que o que aconteceu entre o primeiro-ministro e o ministro das Finanças é sério e vai ter consequências. E o que aconteceu foi uma discussão não circunstancial, não num canto da sala, mas em plena reunião dos líderes europeus entre o primeiro-ministro de Portugal e o presidente do Eurogrupo que, por acaso, é ministro das Finanças de Portugal".
O comentador da TVI disse que os líderes europeus se devem ter sentido desconfortáveis: "um país quando tem problemas internos para resolver, resolve-os dentro de casa antes de apanhar o avião para Bruxelas".
Nas habituais notas finais, Paulo Portas falou da pintura figurativa mais antiga da humanidade e de uma startup que nos permite andar pelo presente e, ao mesmo tempo, estar a viajar pelo passado.