TAP: Ana Gomes defende demissão de Pires de Lima - TVI

TAP: Ana Gomes defende demissão de Pires de Lima

Já o deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim desvaloriza a confusão sobre a salvaguarda de despedimentos no caderno de encargos da privatização e classifica-a como uma «embrulhadazita»

Relacionados
A eurodeputada socialista Ana Gomes defendeu, esta sexta-feira, no programa «Política Mesmo» da TVI24, a demissão do ministro da Economia, Pires de Lima, e do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. Em causa os avanços e recuos sobre a salvaguarda sobre despedimentos no caderno de encargos da privatização da TAP.
 
«Até me surpreende como é que o ministro e o secretário de Estado ainda não foram demitidos ou não se demitiram. Eles, de ontem para hoje foram completamente desautorizados pelo primeiro-ministro. Eles ontem disseram uma coisa e hoje o primeiro-ministro tirou-lhes completamente o tapete dos pés», argumentou.
 
Já o social-democrata Carlos Abreu Amorim considera que houve «uma interpretação um pouco excessiva das palavras do senhor ministro». «Julgo que foi uma embrulhadazita, se me permite a expressão. (…) Qualquer pessoa com conhecimentos mínimos de Direito saberia que não é possível aplicar um regime laboral a uns trabalhadores completamente diferente pelo facto de pertencerem ou não a determinado sindicato», sublinhou.
 
Os dois comentadores da TVI24 discutiram também a luta contra o terrorismo e o momento que a Europa atravessa. Ana Gomes reforçou que considera que, «entre as causas dos atentados, também está a austeridade», sublinhando que «isto não tem nada de desculpador dos assassinos».
 
«Os governos europeus, nos últimos anos, até por causa das restrições orçamentais, não fizeram o investimento que era necessário na inteligência humana, na capacidade das polícias. Não houve investimento em programas de prevenção da radicalização de jovens nem na desradicalização, que são programas importantíssimos», justificou.
 
A observação da eurodeputada socialista mereceu o desacordo de Carlos Abreu Amorim, que argumentou que «o problema não é económico, não é de baixa de um determinado nível de vida». «O problema é de uma rejeição absoluta e insidicável daquilo que faz de nós europeus do século XXI», considerou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados