"Global": Prémios da TAP não têm justificação em "ano histórico de prejuízos" - TVI

"Global": Prémios da TAP não têm justificação em "ano histórico de prejuízos"

    Paulo Portas
  • 9 jun 2019, 22:47

No seu espaço de comentário desta semana, no Jornal das 8 da TVI, Paulo Portas falou sobre os polémicos prémios da TAP, a crise comercial da China e EUA e sobre as dificuldades económicas em vários países da Europa

No seu espaço de comentário semanal, no Jornal das 8 da TVI, "Global", Paulo Portas destacou a polémica dos prémios da TAP. O político afirma que este foi “um ano histórico de prejuízos, quando o orçamento previa exatamente o contrário”, pelo que não se justificam este tipo de atribuições.

Havia dois modelos para a privatização da TAP e acho que o primeiro-ministro caiu na tentação de querer reverter a privatização”, diferenciando-se do modelo de privatização da TAP do PSD e CDS. “Quis fazer de conta que a TAP era mais ou menos do Estado, porque detinha 50% do capital. O que não disse às pessoas é que os direitos económicos do Estado passavam para 18%. E, portanto, o Estado não tem nenhum administrador na comissão em que se tomam as decisões efetivas”.

Paulo Portas falou também sobre a crise do comércio na China, afirmando que “nós sabemos muito mais sobre crises financeiras do que comerciais”. Estas demoram mais tempo a chegar, mas também permanecem durante mais tempo, e, neste caso, pode afetar o resto do mundo.

Os EUA estão diretamente ligados à crise da China. Há uma reunião do G20 no final deste mês, em que Trump e Xi Jinping se devem encontrar, figurando-se “como última esperança” para resolverem esta crise.

Também em Itália, a crise económica está a aumentar e, segundo Portas, esta é “essencialmente interna”. Já Espanha “sai em 2019” do procedimento por défice excessivo. Na Alemanha, “as notícias estão cada vez mais negativas”, com as produções e exportações em queda.

Em destaque estiveram também as celebrações dos 75 anos do Dia D, quando milhares de americanos lutaram pela liberdade dos europeus e também com a NATO protegeram a Europa da União Soviética. Putin não esteve presente nas comemorações, apesar de a aliança com a Rússia ter sido fundamental para vencer as forças de Hitler, algo que o comentador da TVI vê como "um grande erro".

Depois da demissão de May, o que se segue? Boris Johnson vai à frente para substituir a primeira-ministra britânica e há um aparte que tem de ser sublinhado: “o que Trump prometeu durante a visita ao Reino Unido, um acordo de comércio bilateral com os EUA”, não vai poder acontecer como pretendido. “O Reino Unido vai ter de fazer uma escolha”.

Por último, o comentador da TVI falou sobre a morte de Agustina Bessa-Luís, que considerou como “a maior escritora do país” e que tinha todas as condições para ter ganhado um Nobel.

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