"Ao fim de 50 dias, António Costa conseguiu ser indigitado" - TVI

"Ao fim de 50 dias, António Costa conseguiu ser indigitado"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.
  • Élvio Carvalho
  • 24 nov 2015, 14:31

Comentário de Constança Cunha e Sá no “Jornal da Uma” da TVI

A comentadora da TVI, Constança Cunha e Sá, considera que o Presidente da República não teve outra hipótese se não indigitar António Costa para o cargo de primeiro-ministro, tendo percebido que a solução de um Governo de gestão não servia ao país.

No “Jornal da Uma” da TVI, Cunha e Sá disse que a indigitação do secretário-geral do PS para o cargo de primeiro-ministro aconteceu “finalmente, ao fim de 50 dias”, depois de Cavaco Silva ter percebido que havia mais vozes contra a possibilidade de o “país ficar em gestão durante vários meses”, do que contra um Governo de iniciativa socialista.

“Já está, finalmente. Ao fim de 50 dias, António Costa conseguiu ser indigitado [primeiro-ministro]. Percebe-se pelo comunicado da Presidência da República que Cavaco Silva teve que indigitar António Costa, porque a maioria das pessoas que ele ouviu não queria um Governo de gestão. Havia muitas pessoas críticas ao Governo de António Costa, [mas] havia ainda mais pessoas críticas à possibilidade do país ficar em gestão durante vários meses.”


Como explicou a comentadora da TVI, o novo Governo vai trazer várias alterações ao nível da estrutura do Governo, nomeadamente no que toca aos ministérios, sendo criados pelo menos três novos.

“Já sabemos alguns nomes que vão fazer parte do executivo de António Costa, [que terá] algumas novidades, nomeadamente, a criação de um ministério dos Assuntos Europeus. Por sua vez, não há ministério dos Assuntos Parlamentares (…), na Educação também há uma novidade, temos um ministério da Educação sem Ensino Superior (que passa para o ministério da Ciência e Inovação e Ensino Superior), e, depois, um ministério que estava prometido por António Costa, o ministério do Planeamento e Infraestruturas, transversal a todas as pastas."

Cunha e Sá criticou, ainda, as "exigências" feitas pelo Presidente da República a António Costa, para o indigitar para o cargo de primeiro-ministro, realçando que estas não foram feitas a Pedro Passos Coelho.

"Quem nunca [conseguiria cumprir essas exigências], nem chegaria à [aprovação] de um Orçamento, porque o programa foi chumbado, era Pedro Passos Coelho. Eu acho que houve aqui uma nítida dualidade de critérios, porque as duas [princiapais] questões que [foram levantadas por Cavaco Silva], em relação ao Governo de António Costa, podiam, e deviam, ter sido levantadas em relação ao Governo de Passos Coelho."

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