No seu comentário semanal na 21ª Hora, o presidente da Câmara de Lisboa disse, ainda, que António Costa deve continuar à frente do Partido Socialista, pois é a “pessoa melhor posicionada” para conduzir o PS nesta altura de incerteza.
“António Costa não ganhou as eleições, mas paradoxalmente vai ter uma posição central no sistema político português. É a pessoa que está melhor posicionada para liderar o partido nestas circunstâncias e acho que estes resultados colocam o Partido Socialista numa posição central. Primeiro, porque o Governo não tem maioria absoluta, em segundo porque a extrema-esquerda mesmo tendo subido, não tem poder para nenhuma decisão relevante em sede parlamentar. (…) O único elemento que tem força para jogar [é o PS].”
Fernando Medina colou os socialistas às características que Cavaco Silva considerou fundamentais para um Governo estável, com a um fator adicional: é o único partido que cumpre os requisitos e tem uma política económica e social alternativa à do último Governo.
“O PS vai ter um grande desafio, que é também uma grande oportunidade: afirmar a especificidade do Partido Socialista no panorama político português. A especificidade de ser um partido europeísta, dentro da Europa, dentro da moeda única e respeitador dos tratados, e em simultâneo um partido que tem uma política económica e social alternativa”.