«A ministra quer queira quer não está metida nisto até ao pescoço» - TVI

«A ministra quer queira quer não está metida nisto até ao pescoço»

O comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24 sobre as revelações da comissão de Inquérito Parlamentar ao BES

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Após três dias de Comissão Parlamentar do BES, no dia em que a ministra das Finanças informou ter sido apanhada de surpresa pelos prejuízos do banco, Constança Cunha e Sá considerou, no espaço de análise da TVI24, que as suas afirmações ultrapassam «as mais elementares regras do bom senso».

«O governo esconde-se atrás do governador do Banco de Portugal, como se fosse possível o Banco de Portugal negociar com o BCE [ Banco Central Europeu] uma solução que envolvia um empréstimo de três mil e novecentos milhões de euros, sem conhecimento das Finanças, quer dizer é absolutamente extraordinário que isto possa ser dito».

A comentadora questiona como é possível Maria Luís Albuquerque apenas ter sido informada a 1 de agosto, quando dia 31 de julho o Conselho de Ministros aprovou uma norma «em segredo», «exatamente no sentido de viabilizar o fundo de resolução».

«A ministra está a querer dizer o quê? Que dia 1 é que soube, mas que por iluminação do Espírito Santo, dia 31 avançou em Conselho de Ministros com uma deliberação no sentido de permitir este tipo de intervenção?»

Tendo a ministra sido alertada em junho por  Ricardo Salgado sobre os riscos de estabilidade financeira do GES, sem, segundo Maria Luís Albuquerque, referir o BES, a comentadora considera as suas afirmações contraditórias uma vez que não sendo económica mas «financeira» implica o banco.

«Agora vêm estas almas todas explicar que ficaram admiradíssimas com a exposição do BES ao GES» «Isto é uma incompetência, se ficaram, não deviam ter ficado».

«Como é que é possível que o governador tenha sido surpreendido pelo valor dos prejuízos? Não sabem fazer contas?»


De acordo com Constança o que estamos a assistir  é o governador transformar-se   «numa espécie de biombo do governo», acrescentando ainda que estamos «a trabalhar com líricos, com pessoas que vivem na ordem do milagre».
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