Para António Costa, durante o debate desta tarde no parlamento, PSD e CDS “perderam uma oportunidade” de discutir as medidas do programa do Governo socialista, ao insistir num caminho que está “esgotado”.
“Este caminho de oposição à direita está, de facto, esgotado. Espero [que esta] estratégia [que vem] desde o dia 4 de outubro termine mesmo no dia de amanhã com o chumbo da [moção de rejeição apresentada]. De resto, a oposição à direita perdeu uma oportunidade de discutir medidas e o programa do Governo e tem muito por onde discutir.”
Já Constança Cunha e Sá disse que esta estratégia dos partidos liderados por Passos Coelho e Paulo Portas vai apenas facilitar a aprovação do programa do Governo de António Costa, pois ao questionar a legitimidade deste Executivo, a moção de rejeição vai transformar-se em moção de confiança.
“No fundo o discurso é este: ‘os senhores não têm legitimidade política, nós não discutimos as vossas medidas, nós não aprovamos as vossas medidas, mesmo que em última análise possamos vir a concordar com elas’. Isso faz com que António Costa não precise de uma moção de confiança, porque a própria moção de rejeição se transforma numa moção de confiança, porque vai permitir aos partidos de esquerda votarem juntos contra um inimigo comum.”