Caso Sócrates: «mais tarde ou mais cedo isto vai entrar na campanha» - TVI

Caso Sócrates: «mais tarde ou mais cedo isto vai entrar na campanha»

Constança Cunha e Sá considera que a detenção de José Sócrates vai, eventualmente, ser utilizada como arma na campanha eleitoral das legislativas do próximo ano

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Constança Cunha e Sá não tem dúvidas que a detenção e consequente prisão preventiva do ex-primeiro-ministro José Sócrates vai, eventualmente, acabar por ser utilizada como arma na campanha eleitoral do próximo ano.

No comentário da TVI24, a comentadora disse que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já deu provas que vai utilizar o caso a seu favor, ao voltar a falar numa proposta chumbada pelo Tribunal Constitucional sobre o enriquecimento ilícito, justamente na semana seguinte à detenção de Sócrates.

«O Governo já tentou avançar com esta medida, foi chumbada por unanimidade pelo Tribunal Constitucional, a pedido do Presidente da República, e não deixa de ser curioso que Passos Coelho ache que chegou agora a altura de reavaliar essa medida, isto a propósito do caso Sócrates. No fundo, o que Passos Coelho está a dizer é que não havendo ainda esse crime, José Sócrates prefiguraria exatamente dentro desse crime».

Cunha e Sá diz que esta não é a altura de falar da proposta, e que o primeiro-ministro ao falar nela, justamente agora, só prova que todo o distanciamento inicial é feito de um «verniz que se pode quebrar a qualquer momento».

«Acho muito errado da parte do primeiro-ministro associar [a proposta contra o enriquecimento ilícito] ao caso Sócrates porque não deixa de ser uma sentença. Isto mostra (…) que este decoro inicial de todos os partidos de que ninguém vai usar a detenção de José Sócrates para fins políticos e eleitorais tem um verniz que se pode quebrar a qualquer momento. O primeiro-ministro ontem já o quebrou um bocadinho, e já tinha dito há uns tempos por várias vezes: “esta não é a altura”. A um ano das legislativas este caso dificilmente vai deixar de contaminar [a campanha eleitoral] (…) mais tarde ou mais cedo isto entrará na campanha», disse Cunha e Sá.
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