“Daqui a um ano vamos estar a discutir a permanência da Grécia” - TVI

“Daqui a um ano vamos estar a discutir a permanência da Grécia”

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.

Comentário de Constança Cunha e Sá na TVI24

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Constança Cunha e Sá considera que o acordo entre a Grécia e os credores, ontem aprovado pelo parlamento grego, vai trazer “duríssimas” medidas de austeridade para os gregos, e vai acabar por ditar que daqui a um ano se esteja a discutir, novamente, a saída do país da Zona Euro.

No seu espaço de comentário da TVI24, Cunha e Sá disse que o acordo vai produzir um “desastre”, e que a Grécia vai ficar em piores lençóis do que já está atualmente.
 

“A verdade, e não há ninguém que não a diga, [é que ] a Grécia o que aprovou foi um pacote duríssimo de medidas de austeridade. (…) O desastre vai ser a aplicação deste acordo, que vai deixar a Grécia em piores circunstâncias do que está agora. Daqui a um ano, daqui a seis meses, estamos outra vez a discutir a questão da permanência da Grécia”.


A comentadora da TVI acredita que a possibilidade da Grécia sair da moeda continua a ser bem real, uma vez que a Alemanha não abandonou esse plano. A aprovação do terceiro resgate não põe de lado a hipótese, diz Cunha e Sá, pois se Alexis Tsipras diz ter aprovado um acordo no qual não acredita, o mesmo também se pode aplicar a Merkel e Schäuble.
 

“Nós vimos que a Alemanha, primeiro com o ministro [das Finanças] Schäuble e depois a própria [chanceler] Merkel, não deixou cair a saída temporária da Grécia. Dá a ideia que é mesmo uma posição de fundo, de vingança, humilhação depois do referendo (…). [Quando se diz] que Tsipras vai aplicar um acordo em que não acredita, também se pode dizer que a Alemanha vai aplicar um acordo, também, em que não acredita. Estamos perante um acordo em que ninguém acredita.”

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