"Grécia está a ser empurrada para fora do euro" - TVI

"Grécia está a ser empurrada para fora do euro"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.
  • Sofia Santana
  • 18 jun 2015, 21:41

Constança Cunha e Sá afirmou na TVI24 que a situação do país helénico “põe em causa a democracia” na Europa

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Constança Cunha e Sá considera que a Grécia “está a ser empurrada” para fora da zona euro e que isto “põe em causa a democracia” na Europa. A comentadora da TVI24 afirmou, esta quinta-feira, que os países credores querem fazer do país helénico “um exemplo” e tem pena que o Governo português tenha alinhado no discurso dos credores.

“Só se consegue estar no euro e na Europa aplicando medidas de austeridade. Há uma linha única no euro e todos os países são obrigados a reger-se por ela. Isto põe em causa a democracia.”


Para Constança Cunha e Sá os países credores querem fazer dos gregos “um exemplo”, mostrando que estes só têm duas saídas: “ou a morte lenta, ou a saída do euro”. Por isso, considera que "o grande radicalismo não vem dos gregos".

“O grande radicalismo não vem dos gregos mas dos parceiros europeus.”


A comentadora da TVI24 entende, assim, que se trata de um “problema político” de razões “ideológicas” e não financeiras, criticando ainda o Governo português por alinhar no discurso mais duro dos parceiros europeus.

“Não é uma questão financeira, é uma questão ideológica e o Governo português alinhou sempre neste discurso.”


Sobre as garantias deixadas quer por Passos Coelho quer por Cavaco Silva de que o país não será apanhado desprevenido caso a Grexit aconteça, Constança Cunha e Sá sublinhou que as consequências da saída dos gregos são “imprevisíveis” e Portugal é o país na situação mais “frágil” se se materializar.

“Os cofres cheios chegam para resolver um problema de meses, mas isto é um problema de fundo. Portugal é o pais mais frágil a seguir à Grécia.”

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