Hora de Constança: "Montenegro reconhece que não tem diferenças ideológicas em relação a Rio" - TVI

Hora de Constança: "Montenegro reconhece que não tem diferenças ideológicas em relação a Rio"

  • AM
  • 15 jan 2020, 21:48

Comentário de Constança Cunha e Sá na 21ª Hora desta quarta-feira

Constança Cunha e Sá comentou esta quarta-feira a entrevista de Luís Montenegro na TVI, considerando que o candidato à presidência do PSD "não mudou o discurso" para a segunda volta de eleições no partido.

"Luís Montenegro mantém exatamente o mesmo discurso. (...) Nesta entrevista, reconhece que não tem diferenças ideológicas significativas em relação a Rui Rio, é uma questão de retórica, diz ele. Mas, de qualquer forma, para ele, o que está aqui em causa é que Rui Rio está à espera do PS - seja lá o que isso queira dizer - e ele não esperará pelo PS", afirmou.

Para a comentadora da TVI, Luís Montenegro só não diz "quais são as reformas que vai fazer" e isso faz com que a campanha se mantenha "pobre" e "muito pouco esclarecedora".

Constança Cunha e Sá considerou ainda que o argumento de Luís Montenegro de que "Rui Rio não consegue unir o partido" cai por terra se forem tidos "em linha de conta os resultados da primeira volta".

"Se tivermos em linha de conta os resultados da primeira, não é isso que se vê. E por muito que Luís Montenegro venha dizer 'nós agora estamos a zero', a verdade é que não é. Houve uma primeira volta. E, de facto, Rui Rio não une o partido, ficou a muito pouco de ter uma maioria absoluta, mas a verdade é que Luís Montenegro ficou muito atrás. Se ele diz que Rui Rio não une o partido, não se pode dizer que o partido reconheça nele uma liderança que possa unir o partido. O que nós vimos é um PSD muito dividido".

A comentadora da TVI considera que Luís Montenegro parte para esta segunda volta "com dificuldades", uma vez que "não é aquele líder isolado em quem um militante do PSD quer ver à frente do partido, como muitos dos adversários disseram".

"Rui Rio não tem tendência para a unidade do partido, não é uma pessoa conciliadora, mas a verdade é que a sua liderança também não teve qualquer tipo de estado de graça", acrescenta.

Quanto à revisitação do Governo da Troika, Constança Cunha e Sá confessa que achou "curioso" a escolha do tema, visto que Luís Montenegro "está muito associado ao Governo de Passos Coelho".

"[Montenegro] Diz uma coisa que é o novo discurso agora do PSD que é 'nós fomos obrigados a cumprir o programa da troika'. Ele esquece-se que as pessoas têm memória e que antes da troika chegar já Pedro Passos Coelho tinha anunciado uma reforma constitucional em que muitas das ideias da troika estavam lá", lembra a comentadora da TVI.

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