"PR não devia ter excluído à partida o Bloco de Esquerda e o PCP" - TVI

"PR não devia ter excluído à partida o Bloco de Esquerda e o PCP"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.
  • Élvio Carvalho
  • 6 out 2015, 22:37

Comentário de Constança Cunha e Sá na rubrica “Sobe e Desce” na TVI24

Constança Cunha e Sá considerou, esta terça-feira, que o Presidente da República agiu mal ao excluir desde já os partidos mais à esquerda, BE e PCP, de poderem entrar num eventual acordo que permita alcançar um Governo estável, quando ainda se reuniu apenas com Pedro Passos Coelho.

 A comentadora da TVI, que falou na rubrica “Sobe e Desce” da 21ª Hora, referia-se à comunicação ao país de Cavaco Silva, onde foi anunciado que o líder do partido mais votado foi instruído a procurar entendimentos com partidos que respeitem os compromissos internacionais.

Para Constança Cunha e Sá esta atitude “desresponsabiliza” o BE e o PCP, minimizando-os ao rótulo de “partidos de protesto”.

 
A descer: Cavaco Silva

“O Presidente da República não devia ter excluído à partida o Bloco de Esquerda e o PCP. Não o devia ter feito sem falar com estes partidos. Vai ter de o fazer, e faria mais sentido dizer que o país não estava em condições de ter no Governo forças que não honrassem os compromissos internacionais depois. Isto é desresponsabilizar por completo estes partidos, estamos sempre a exigir ao BE e ao PCP que não sejam meros partidos de protesto, e no fundo o que o PR fez foi coloca-los exatamente nessa faixa.”

 
A descer: António Costa

“António Costa não conseguiu aproveitar a descida de votos da coligação, (…) curiosamente foram mais votos para o Bloco de Esquerda do que para o Partido Socialista. Agora há aqui um problema, temos o PR a dizer que o PS é o único interlocutor, e os partidos à esquerda a dizerem que o PS não pode viabilizar [um Governo PSD/CDS]. No meio temos um PS que é uma manta de retalhos, não é por acaso que não houve [logo] reação à mensagem do Presidente. Ninguém quis [falar] antes de se perceber qual é o estado interno do partido.”


 
A subir: Coligação PSD/CDS

“Perderam número de votos e deputados, mas a verdade é que conseguiram ser o partido mais votado. Há seis meses era impensável. Acho que isso teve a ver com uma campanha muito eficaz de Paulo Portas e Passos Coelho, a coordenação entre os dois não podia ter corrido da melhor maneira."


A subir: Catarina Martins

“O Bloco de Esquerda conseguiu, não só, mais do que duplicar [o número de deputados], tem a maior representação parlamentar de sempre. O Bloco foi buscar muitos votos à coligação, fez uma campanha que foi exemplar, tanto por Mariana Mortágua como Catarina Martins.”
 

 
 
Continue a ler esta notícia