«As mortes nas urgências não são consequência da austeridade, o que me parece fruto da austeridade é que haja pessoas que estejam 15 a 17 horas nas urgências sem serem vistas por um médico. Uma coisa é morrer nas urgências, outra é estar horas sem se ser visto por um médico.»
A comentadora da TVI24 criticou o governo por recorrer a medidas que acabam por se tornar mais dispendiosas do que se investisse mais no sistema nacional de saúde.
«O ministério foi obrigado a contratar médicos a empresas a ganhar muito mais à hora. O governo é obrigado a arranjar soluções mais caras.»
Constança Cunha e Sá referiu que os problemas na saúde representam um novo colapso ao nível dos serviços públicos, depois do que aconteceu na educação e na justiça.
«O mesmo não aconteceu aos funcionários do Fisco. Nunca foi feita uma reforma da administração pública. As prioridades estão erradas.»
Para a comentadora apesar de ser o Ministério das Finanças a determinar a verba do orçamento da Saúde, o responsável por esta pasta, o ministro Paulo Macedo, também tem responsabilidades na matéria.