No rescaldo de um acontecimento que abalou todos os franceses e provocou também reações por toda a Europa, Constança Cunha e Sá fez referência a vários ataques a mesquitas, em França, desde o tiroteio no jornal «Charlie Hebdo». A comentadora referiu também como exemplo a Frente Nacional, partido francês de extrema-direita, cuja líder Marine Le Pen apareceu, esta quinta-feira, a defender um referendo sobre a pena de morte.
«Tudo se faz para que as opiniões se voltem contra os muçulmanos. Eu acho que isto é uma cedência ao terrorismo. Estes ataques radicais têm dois alvos: um alvo é o atentado à civilização ocidental e ao modo de vida europeu, mas também tem outro alvo, que são exatamente as comunidades muçulmanas», explicou.
«Se se ceder a este perigo de tornar igual o que é diferente, no fundo acaba por se conseguir cumprir um dos objetivos dos terroristas, que é efetivamente separar e criar um fosso entre a comunidade islâmica e as comunidades europeias. Quando maior a ostracização, mais radicalização se encontra. Enveredar por um caminho destes seria fazer um favor a esta gente radical que mata pessoas em nome da religião», defendeu.