Circulatura do Quadrado: o debate entre as comemorações do 1º de Maio e o 13 de Maio - TVI

Circulatura do Quadrado: o debate entre as comemorações do 1º de Maio e o 13 de Maio

As comemorações do Dia do Trabalhador, a 1 de Maio, e as celebrações do 13 de Maio, em Fátima, em tempo de pandemia foram tema de análise por Jorge Coelho, José Pacheco Pereira e Lobo Xavier

Jorge Coelho, José Pacheco Pereira e Lobo Xavier analisaram na "Circulatura do Quadrado" desta quinta-feira as comemorações do Dia do Trabalhador, a 1 de Maio, e as celebrações do 13 de Maio, em Fátima.

Questionado se faz sentido comparar as comemorações do 1º de Maio com as do 13 de Maio, José Pacheco Pereira defende que esta é uma "falsa questão para esconder outra", uma vez que "não faz sentido nenhum".

Pacheco Pereira abordou a questão como uma dicotomia entre o 1º de maio da CGTP e o 13 de maio de Fátima, por serem um "remake" do 25 de Abril versus Páscoa.

Para o comentador, esta é uma cobertura de um debate entre a esquerda e a direita e que "se não fosse o 1º de maio e o 25 de abril, esta discussão não teria lugar".

1º de maio e 13 de maio é uma questão esquerda-direita muito rudimentar" , disse Pacheco Pereira.

 

Sobre a mesma questão, Lobo Xavier adianta que não faz sentido comparar as comemorações, mas enumera razões diferentes de Pacheco Pereira.

O comentador mostrou-se surpreendido que "alguns católicos, cheios de boa fé, dissessem que haver 1º de maio e não haver 13 de maio era uma humilhação para os católicos", disse Lobo Xavier, acrescentado que esta é uma ideia "completamente inconcebível".

Para Lobo Xavier, se a Igreja Católica tivesse pedido a realização das cerimónias em Fátima , havia a mesma dificuldade em dizer que não, que houve para a CGTP.

Felizmente, a igreja fez muito bem em não pedir e fez muito bem em não dar uma imagem semelhante àquela que nós vimos na Alameda", disse Lobo Xavier.

A razão pela qual não há celebração em Fátima com peregrinos, é porque a igreja não quer e faz muito bem em não querer, acrescentou o comentador.

Os católicos não tem de se comparar com a intersindical. Isso é uma humilhação", considerou.

 

Já Jorge Coelho considera que o debate entre o 1 de Maio e o 13 de Maio é um "debate inquinado" e que acaba logo.

Um país onde 89% das pessoas acham que o Governo está a fazer um trabalho razoável, é muito característico da situação em que se encontra o nosso país", disse Jorge Coelho.

Por outro lado, considerou que "esta questão não teve repercussão ao nível da hierarquia da Igreja Católica"

Jorge Coelho frisou que "no diploma do estado de emergência diz que é possível os dirigentes sindicalistas terem mobilidade".

Também a abertura do pequeno comércio, o possível regresso do futebol e o dia da língua portuguesa foram temas em análise.

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