No habitual espaço de comentário e análise de Paulo Portas aos domingos, o comentador da TVI sublinhou que Portugal esteve bem no confinamento e esteve mal no desconfinamento.
Primeira coisa que temos de tirar da cabeça é que publicidade não é verdade e não há um milagre português”, afirma Portas, destacando que em Portugal desde 24 de maio que as coisas não têm estado a correr bem.
Referindo que Lisboa está ao mesmo nível da Suécia, o comentador diz que é preciso corrigir a ideia de que os novos contágios não têm a ver com o desconfinamento, “isso é óbvio não há outra explicação para o contrário”.
O que faltou na contenção de contágio, para Paulo Portas, foi o segundo desconfinamento: “Houve pouca preparação e deu-se muito mais atenção à reabertura da economia”.
Por outro lado, Portas refere que falhou a app de rastreio, algo que “a maioria dos países que estão bem melhores do que nós têm este tipo de tecnologia”.
Por amor de Deus, percebam que isto ajuda a resolver 20 a 30% dos problemas”, salienta, “andamos a correr atrás do prejuízo e não o prejuízo atrás de nós”.
Sobre as cercas sanitárias, Paulo Portas afirma que é uma técnica de saúde pública fundamental que deve ser utilizada de uma forma local e focada. “Não percebo porque é que há tanto medo”.