A América é a América - TVI

A América é a América

    Judite Sousa
    Judite Sousa nasceu no Porto, cidade onde se licenciou em História. <br /> <br />É diretora-adjunta de Informação da TVI desde Abril de 2011 e apresenta o Jornal das 8 à sexta-feira e fins-de-semana, mas também se dedica à reportagem e entrevista. <br /> <br />Na TVI24, apresenta o programa Olhos nos Olhos com o fiscalista Medina Carreira. <br /> <br />Judite Sousa começou a sua carreira jornalística na redacção do Porto da RTP quando tinha apenas 18 anos. Manteve-se no canal público cerca de três décadas.
Donald Trump

Diretora-adjunta de Informação escreve sobre sobre Donald Trump e os perigos que representa num país onde o poder democrático está protegido pelo congresso

Na escola, e no meu caso na faculdade, a história universal apresentava episódios fascinantes que davam profundidade ao conhecimento que íamos acumulando sobre o porquê dos acontecimentos e dos protagonistas.

Um desses acontecimentos foi a independência das treze colónias britânicas e a formação dos Estados Unidos da América.

Na minha adolescência, passei semanas fascinada com a série “Norte-Sul”, o problema da escravatura, a segregação racial, a primeira guerra dos tempos modernos onde se forjaram os primeiros enviados especiais.

Mais tarde, o assassinato de Martin Luther King e o que ele significou pela luta dos direitos humanos e civis, por uma América multi-racial e multi-cultural.

De facto, ao longo dos últimos 200 anos, a América nunca parou de nos surpreender e de nos inspirar. No século XX, foi a América que veio em auxílio de uma Europa devastada pela guerra e, na década de 90, só a intervenção de Bill Clinton foi decisiva para acabar com o conflito dos Balcãs num dos mais terríveis genocídios de que há memória.

Tivemos depois a eleição do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, Barack Obama, e quanto todos colocavam as fichas na eleição de Hillary Clinton, eis que quem vence é o homem do anti-sistema.

Já muitas linhas foram escritas sobre Donald Trump desde a sua loucura, a sua farta cabeleira, os seus dislates, a sua má-criação, as incertezas e os perigos que ele representa.

É perigoso Donald Trump? Talvez seja, mas o sistema democrático norte-americano está de tal modo blindado no congresso que a América sobreviverá sempre ao populismo e à demagogia porque a América é a América.

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