Pontes da casa não fazem milagres

Leonel chegou para cumprir uma tarefa, como o próprio assumiu, mas os resultados estão muito longe do desejado e o cumprimento efetivo dessa tarefa depende apenas e só deles, dos resultados.

Começando pelo princípio: a missão era provisória, como o próprio clube assumiu em comunicado. Que pior maneira de começar, sem se saber ao que se vai. Leonel Pontes assumiu a missão de corpo e alma, disso ninguém tem dúvidas, mas o terreno já estava  «minado» por uma série de opções que nunca foram as suas e, ao que parece, também não eram as de Keizer.

As decisões foram tomadas pela direção liderada por Frederico Varandas, e claramente condicionadas pelo aperto financeiro. A grande notícia foi a permanência de Bruno Fernandes, mas o abnegado capitão não consegue ir a todas.

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Foram contratações em cima do joelho, algumas de qualidade duvidosa, mas foi o que se arranjou. E agora o Sporting está numa encruzilhada: demite o treinador? O mesmo que vinha de uma série de cinco vitórias em cinco jogos nos sub-23?

E quem é que poderá assumir o comando de uma equipa que nesta altura, e para falar apenas do campeonato, ocupa o sétimo lugar com oito pontos, metade do líder Famalicão. Quem?

A mesma equipa que conta com um jogador de qualidade extraordinária e que inexplicavelmente tem cometido erros atrás de erros. Coates é um grandíssimo profissional, mas o azar não explica tudo. Há mais alguma coisa para justificar três grandes penalidades e dois autogolos cometidos pelo central uruguaio.

A instabilidade da equipa, e em redor dela, não ajuda. E é neste labirinto de ideias, ou da falta delas, que Leonel Pontes caminha. Ele é o menos culpado.

«Balolas» é um artigo de opinião de Paulo Pereira, jornalista da TVI, que escreve neste espaço de três em três semanas