Covid-19: "DGS teve medo de responder à pergunta 'e se há um contágio numa turma?'" - TVI

Covid-19: "DGS teve medo de responder à pergunta 'e se há um contágio numa turma?'"

    Paulo Portas
  • 6 set 2020, 22:10

Paulo Portas fez a análise semanal no espaço "Global", dando a sua opinião sobre o manual de regresso às aulas elaborado pela Direção-Geral da Saúde

A pandemia de covid-19 foi o tema em destaque na rubrica "Global", que conta com a análise semanal de Paulo Portas. Numa altura em que se continuam a registar recordes diários de infeção, o comentador destacou a subida da média de contágios em Portugal, num dado que acompanha a média da União Europeia.

Um dos casos mais graves na Europa é Espanha, país onde a segunda vaga parece estar a chegar, e onde a contabilização de dados nem sempre é clara.

Relativamente a Portugal, Paulo Portas refere que o país pode mesmo sair de algumas das listas que o classificam como seguro caso continue com esta tendência. Os dados são particularmente negativos no parâmetro relativo ao número de casos por milhão de habitantes.

O azar alheio jogou a nosso favor. Só não fomos excluídos de algumas listas porque a média europeia subiu ao mesmo tempo que nós crescíamos. Se continuarmos a crescer, lá iremos parar", referiu.

Numa altura em que se prepara o regresso às aulas, Paulo Portas fez uma análise extensiva ao manual de normas emitido pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Para o analista, o documento entra em vigor tardiamente, mas há ponto positivos a destacar: defesa do ensino presencial, a obrigatoriedade de máscara, o transporte escolar com máscara e gel e as regras de distanciamento social.

Fiquei contente que tivessem determinado para os transportes escolares a regra de lotação", acrescentou.

Ainda assim, o comentador da TVI destaca outros quatro pontos: falta de definição do que significa "risco elevado", falta do controlo da temperatura, falta de orientações para caso de quarentena e falta de dados sobre rastreadores.

Paulo Portas afirma que a DGS "teve medo de responder à pergunta 'e se há um contágio numa turma o que é que se faz?', que para o analista é uma questão fundamental.

Outro dos pontos negativos apontados é a falta de uma medida racional para definir "risco elevado", algo que Paulo Portas diz não haver.

Estranhamente não há medição térmica apesar do documento falar na febre página sim página não", afirmou.

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