Paulo Portas: "Não vejo motivos para adiar o desconfinamento" - TVI

Paulo Portas: "Não vejo motivos para adiar o desconfinamento"

    Paulo Portas
  • MJC
  • 18 abr 2021, 22:34

No seu comentário semanal na TVI, Paulo Portas mostra-se confiante em relação ao próximo passo do desconfinamento. "A vacinação faz reduzir o contágio, digam o que disserem os negacionistas", diz

Estamos a poucas horas de voltar a poder ir ao cinema ou de fazer uma refeição num restaurante. O desconfinamento avança na segunda-feira e, no seu espaço de comentário na TVI, Paulo Portas afirma que este momento "não é nem para euforias nem para receios infundados".

Se compararmos com o que aconteceu há um ano, no primeiro desconfinamento, nós estamos com um número de contágios acima. Porém, com um número de internados, de doentes nos cuidados intensivos e de fatalidades que é inferior", sublinha Paulo Portas.

O comentador da TVI elogia as medidas que foram tomadas para combater a pandemia e lembra que temos vantagens em relação ao que se passou há um ano: o número de pessoas que já foram infetadas e o número de pessoas já vacinadas (2,5 milhões de doses inoculadas).

Mas, apesar disso, Paulo Portas chama a atenção para o número de testes realizados, que continua a ser "muito baixo", e alerta para o perigo que pode constituir os autotestes - venderam-se mais de 100 mil destes testes mas só houve pouco mais de 100 comunicações à DGS. É preciso ter "cuidado", avisa Portas. "Mas objetivamente não vejo razão para retroceder no plano de desconfinamento."

Além disso, Paulo Portas tem uma boa notícia a dar a todos os que perguntam se uma pessoa vacinada pode apanhar a infeção: "Pode, mas é absolutamente ínfima a proporção em que isso acontece"."

Paulo Portas cita um estudo do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, que mostra que apenas 0,0088 das pessoas que vacinadas contraíram a infeção. E que dessas, apenas 7% precisou de hospitalização.

Portanto, com as vacinas, "conseguimos reduzir os casos severos que podem levar à morte e que podem fazer rebentar a capacidade de acolhimento dos sistemas de saúde".

A vacinação faz reduzir o contágio, digam o que disserem os negacionistas", sublinha.

Sobre as várias vacinas disponíveis no mercado, Paulo Portas considera que o reforço das entregas Pfizer vai compensar o atraso da Janssen, pelo que os objetivos para a imunidade em Portugal para já não estão em risco. 

"Eu aconselharia alguma prudência sobre acordos unilaterais com a Sputnik V", alerta Paulo Portas. A "tentação é grande", porém, a Sputnik ainda não está autorizada pelos reguladores, nem nos Estados Unidos nem na Europa.

Num momento em que ainda pairam muitas dúvidas sobre o que se vai passar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Paulo Portas deixa ainda duas propostas para o regresso ao cinema - entre as 10 da manhã e as 23 horas: "Nomadland", de Chloé Zhao, filme candidato a vários aos Óscares, estreia segunda-feira em Portugal; e um ciclo em vários cinemas do país com filmes de Joseph Losey.

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