Paulo Portas sobre o coronavírus: "Há uma europeização do risco" - TVI

Paulo Portas sobre o coronavírus: "Há uma europeização do risco"

    Paulo Portas
  • 23 fev 2020, 23:10

Em Global, o comentador fez mais uma análise ao que se passa no mundo, começando pelas consequências do novo coronavírus

O comentador da TVI, Paulo Portas, assinou mais uma edição do seu espaço "Global". Em análise estiveram vários temas, com incidência especial nas consequências do novo coronavírus, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan, e que já matou mais de 2.400 pessoas.

Falando numa "certa europeização do risco", Paulo Portas lembrou as palavras do presidente chinês, Xi Jinping, que admitiu que este é o caso de saúde pública mais grave desde 1949. Os efeitos da epidemia chegam, também, ao nível económico, e atingem a China num ano em que era esperado que o país atingisse a meta da sociedade relativamente próspera. Um dos dados mais relevantes está relacionado com o movimento nos aeroportos chineses, sobretudo o de Pequim e o de Wuhan.

A queda do tráfico aéreo é de 80%", referiu.

Apesar de o número de casos ser muito elevado, a propagação da epidemia na China está a chegar a um ponto de estabilização, refere o comentador, para quem o mais preocupante, neste momento, é a propagação fora da China.

Há um alargamento fora da China. O confinamento passou os seus limites, e há três casos preocupantes: Coreia do Sul, Irão e Itália", afirmou.

Orçamento europeu em Bruxelas

Discutiu-se esta semana, em Bruxelas, o orçamento para União Europeia, o primeiro após a saída do Reino Unido. Dois blocos diferentes mediram forças no Conselho Europeu, com Portugal a pertencer ao chamado "grupo da coesão".

Do outro lado estão quatro países: Áustria, Dinamarca, Holanda e Suécia, que querem diminuir as contribuições dos fundos europeus. Para Paulo Portas, isto é algo que deve preocupar Portugal.

Portugal é, de longe, o país mais dependente dos fundos europeus", disse.

Primárias democratas nos Estados Unidos

Bernie Sanders venceu o chamado caucus (eleição) no estado do Nevada, depois de ter perdido no Iowa. Isto coloca o mais velho candidato democrata em rota para a eleição presidencial, onde poderá defrontar o atual presidente, Donald Trump.

Estados Unidos caminham para uma eleição que deixa uma pessoa sensata e moderada preocupada", reiterou.

 

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