Cavaco Silva "sabe aritmética, mas não sabe mais nada" - TVI

Cavaco Silva "sabe aritmética, mas não sabe mais nada"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.

Constança Cunha e Sá considera "lamentáveis" as declarações do Presidente da República sobre a possível saída da Grécia do euro

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Quando o Presidente da República diz que "se a Grécia sair do euro ficam 18 países", mostra que sabe fazer contas, mas tem falta de sensibilidade para perceber o que está em causa para o futuro da Europa, segundo Constança Cunha e Sá.

"É uma figura tristíssima, é lamentável a declaração do Presidente da República. Sabe aritmética, mas não sabe mais nada. É uma pena não saber o que está em causa. Se diz que são 19, sai um e ficam 18, amanhã se sair Portugal são 18 e ficam 17. Essa conta fica-lhe muito bem fazer, mas ele não percebe a relevância desta saída. Transforma completamente a União Europeia"


Mesmo que a Grécia permaneça no euro, a jornalista e comentadora da TVI24 considera que a união monetária como a conhecíamos já "deixou de existir". 

O referendo convocado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, que se realiza no próximo domingo, está a ser alvo de uma campanha de medo, frisou a jornalista: "Já se percebeu pelo andar da carruagem que toda a Europa está a fazer campanha - o presidente da comissão, senhora merkel e todas as instituições - dizendo que o referendo é uma forma de o governo grego dizer se é a favor ou contra o euro. Lamento, mas não é isso que se pergunta aos gregos". 

"É evidente que se a resposta for não esse cenário torna-se mais viável, não há dúvida nenhuma, mas não é essa a pergunta que é feita. é se aceita aquele acordo em concreto".

 
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