Global: Paulo Portas analisa o governo "zombie" de Espanha e regime "medieval" do Irão - TVI

Global: Paulo Portas analisa o governo "zombie" de Espanha e regime "medieval" do Irão

    Paulo Portas
  • RL
  • 5 jan 2020, 23:36
Global: "Quem se mete com os americanos... leva"

Paulo Portas analisou, no seu espaço de comentário "Global", no Jornal das 8 da TVI, a formação do governo espanhol, a tensão entre o Irão e os Estado Unidos da América e a longevidade de Vladimir Putin no poder da Rússia.

Paulo Portas analisou, no seu espaço de comentário "Global", no Jornal das 8 da TVI, a formação do governo espanhol, a tensão entre o Irão e os Estado Unidos da América e a longevidade de Vladimir Putin no poder da Rússia.

Finalmente há governo em Espanha! mas que governo…” começa por referir o comentador.

Respondendo à questão a que preço e durante quanto tempo Espanha terá governo, Paulo Portas refere que “o preço deste governo é o preço que o Podemos estabelece, e o tempo de vida deste governo será definido pelos independentistas da Catalunha”.

Este é uma espécie de governo zombie como nunca aconteceu em Espanha”, disse o comentador.

Paulo Portas refere que existem dois elementos: a coligação entre o PSOE e o Podemos: “O Podemos é uma espécie de “super bloco de esquerda, que é mais radical na ação” e que esta coligação “é estranha vindo do partido socialista operário espanhol.”

No segundo ponto, mais sério, segundo o comentador, pela primeira vez existe um acordo escrito entre o partido socialista e a esquerda independentista da Catalunha. Paulo Portas fez ainda uma lista de pontos em relação à questão da Catalunha:

- negociação “bilateral” Espanha/Catalunya

- haverá consulta só na Catalunya

- acordo não faz referência à constituição

- superação da “fase judicial” do conflito

- independentistas dão abstenção, não mais

Portugal não tem nada a ganhar com a separação de Espanha, que se perder parte do seu território, tenderá a olhar mais a ocidente. E nada disto é particularmente bom”, disse Paulo Portas.

Outro dos temas em análise foi a tensão entre os Estados Unidos e o Irão, onde Paulo Portas não acredita que estejamos na “iminência de uma guerra”, mas “estamos num momento absolutamente crítico” e explica porquê.

Quem se mete com os americanos, leva ou quem mata americanos, é morto por americanos: isto é o comportamento dos Estados Unidos presidente após presidente”, lembrou Paulo Portas.

O comentador diz que o problema dos americanos é sempre que estes “tiram consequências do que acontece no dia de ontem, mas nunca pensam bem no dia de amanhã.”

O Irão hoje em dia é o regime talvez mais medieval que existe à face da Terra”, considerou Paulo Portas.

Paulo Portas lembra as medidas tomadas por este regime ao longo dos últimos anos e alerta o problema que o mundo terá quando houver um maior “desequilíbrio” entre o Irão e a Arábia Saudita.

Houve ainda tempo para um breve comentário ao primeiro acordo comercial entre os Estados Unidos e a China e aos vinte anos de Vladimir Putin no poder da Rússia.

A brincar, a brincar, Putin já é o segundo dirigente soviético ou russo do século XX e XXI mais longo no poder", referiu o comentador da TVI.

Nas habituais notas finais, Paulo Portas falou da celebração dos 500 anos da morte do pintor Rafael e a celebração dos 250 anos de Beethoven.

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