Miguel Sousa Tavares: em Tancos, "tudo começa mal e é culpa do Governo" - TVI

Miguel Sousa Tavares: em Tancos, "tudo começa mal e é culpa do Governo"

    Miguel Sousa Tavares
  • 5 nov 2018, 21:33

O comentário semanal no "Jornal das 8" da TVI, esta segunda-feira

O caso das armas roubadas em Tancos já fez cair um ministro e o Chefe do Estado-Maior do Exército e está agora a fazer subir a tensão nas relações entre o primeiro-ministro e o Presidente da República.

Para Miguel Sousa Tavares, as dúvidas e os desenvolvimentos no caso de Tancos começaram "mal desde o início e é culpa do Governo".

O Governo deveria ter exigido responsabilidades militares imediatas, que fossem apurados os responsáveis pela guarda e puni-los. Não o fez. A meu ver, não o fez por uma razão muito simples: teve medo de enfrentar o Exército, o ex-ministro teve medo e o primeiro-ministro também terá tido”, afirmou.

O comentador teve ainda oportunidade de abordar o tema da greve dos juízes, que considera fazer-lhe “confusão”. Miguel Sousa Tavares acrescentou ainda que "não podemos conceber juízes a fazerem greve".

Quanto ao Brasil, diz o facto de Sérgio Moro ter aceitado a nomeação de Jair Bolsonaro para ministro da Justiça "estabelece uma confusão entre dois poderes: o poder judicial e o poder político".

Quanto ao IVA na cultura e às touradas, Miguel Sousa Tavares diz que André Silva, deputado do PAN, "aterroriza todo o Parlamento".

Mete mais medo que um touro selvagem na arena".

O jornalista conduziu ainda uma entrevista no Jornal das 8 a João Azevedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, sobre sismos e a capacidade do país de lidar com esses fenómenos naturais.

A fechar o comentário semanal, um assunto desportivo. Os onze maiores clubes europeus preparam a criação de uma Superliga Europeia que pode destruir a Liga dos Campeões tal como hoje a conhecemos, de acordo com o Football Leaks.

Espero que isto seja feito à revelia da UEFA”, diz Miguel Sousa Tavares, acrescentando que "há uma coisa que matará o futebol se não houver: o público".

Continue a ler esta notícia