Partilha de dados: "Medina procura culpar alguém com a auditoria" - TVI

Partilha de dados: "Medina procura culpar alguém com a auditoria"

    Manuela Ferreira Leite
  • HCL
  • 18 jun 2021, 00:30

No seu comentário semanal, Manuela Ferreira Leite diz que o autarca de Lisboa teve uma resposta à polémica gerada pela partilha de dados de ativistas russos semelhante Àquela que tem sido sempre a resposta do PS

Manuela Ferreira Leite analisou esta quinta-feira a atuação de Fernando Medina perante a partilha de dados de manifestantes com as autoridades russas e sublinhou que o processo “tem sido gerido bastante mal”.

“Medina tem reagido exatamente como o PS atua quando há um problema, que é primeiro minimizar o problema - pedindo desculpa - e depois quando se percebe que os problemas não são menores assim, tenta-se culpar alguém através de uma auditoria”, diz a comentadora, destacando que a comunicação dos resultados tem sido longa, o que dá a entender que existe a vontade de adiar a resposta.

Porém, Manuela Ferreira Leite diz que a responsabilidade política de um presidente da autarquia da capital não deve ser encontrar um bode expiatório.

“A responsabilidade política não é atirar as culpas para seja quem for. Porque se houver alguém com culpa na fase intermédia, a culpa de não ter feito alguma coisa é do dirigente”

Ferreira Leite explica esta actuação pelo facto de o dirigente escolher mal, ou não saber criar condições, ou dar formação, para que reagisse bem ao problema.

“A responsabilidade é sempre política e esta procura de responsabilidades piorou, especialmente quando Medina disse que só iria falar no final da auditoria”, rematou a comentadora, destacando que o silêncio do autarca tem sido incorreto para aqueles que o colocaram a cargo da Câmara Municipal de Lisboa.

O caso dos ativistas russos reporta-se a 18 de janeiro, quando foi pedida autorização para uma concentração em solidariedade com o opositor russo Alexei Navalny, detido na Rússia, com vista à sua libertação.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pediu "desculpas públicas" pela partilha desses dados, assumindo que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido", mas originou uma série de protestos, da Amnistia Internacional aos partidos políticos.

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