"A função dos partidos é abrirem o jogo em relação ao Presidente" - TVI

"A função dos partidos é abrirem o jogo em relação ao Presidente"

    Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa acredita que se não houver nenhum partido com maioria absoluta, Cavaco Silva pode dar posse a um partido com menos votos

A possibilidade de Cavaco Silva não dar posse ao partido, ou coligação, com mais votos, foi hoje admitida por Marcelo rebelo de Sousa no Jornal das 8 da TVI, no seu espaço semanal de comentário.

Para o professor, a passagem do Orçamento de Estado, ou não, irá ditar o caminho escolhido pelo Presidente da República. Uma vitória com uma maioria relativa não garante a aprovação do documento. E é por isso, por exemplo, que Marcelo Rebelo de Sousa acredita que António Costa foi claro em relação à não aprovação de um orçamento da coligação.

Será com base no sentido de voto dos eleitos que “o presidente vai poder arriscar a escolha e indicação do primeiro-ministro”. Escolher o mais votado poderá ser “perda de tempo”.

A questão da crise dos refugiados foi outros dos temas abordados por Marcelo Rebelo de Sousa. “Já começa a ser um mau costume a Europa não chegar a acordo sobre coisas fundamentais”, afirmou o professor. Que espera que o próximo encontro chega a alguma conclusão.

Sobre os resultados eleitorais na Grécia, o professor não tem dúvidas que “é uma grande vitória de Alexis Tsipras” e “um recado dos gregos” à Europa. Uma forma de dizer “elegemos quem queremos”. Mostrando ainda “um talento político” de Tsipras.

Quanto ao debate nas rádios, entre António Costa e Pedro Passos Coelho, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que o líder da coligação foi mais forte. "A necessidade aguçou o engenho de Pedro Passos Coelho" porque este precisava mais "de uma vitória".

Passos Coelho esteve "mais ao ataque e foi mais incisivo. Geriu melhor o tempo, mensagens mais claras e mais curtas", acrescentou.
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