«Ele não quer ser esquecido, ele teme ser esquecido. Num ano eleitoral, (…) às tantas, as visitas seguem-se a um ritmo de dois por dia (…) e, às tantas, passa. Mesmo em entrevistas como esta [à TVI] ele pode dar uma, duas, três, e depois a partir de certa altura, é mais do mesmo. Eu penso que a ideia dele foi marcar o início do ano e dizer “Eu não posso ser esquecido, eu não quero ser esquecido"», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
No que diz respeito à agenda política nacional, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o atraso no anúncio sobre a renovação da coligação de Governo vai prejudicar o PSD e o CDS-PP. O antigo líder do PSD disse que «a expressão “renovar a maioria” é curta». Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que, ao atual Executivo, não basta prometer mais do mesmo e lembrou que atualmente é o líder do PS que está a marcar a agenda política.
«António Costa está a marcar o passo e quem deve marcar o passo é Passos Coelho», defendeu.
Ainda no que concerne a agenda política, Marcelo Rebelo de Sousa disse que faltou conteúdo à mensagem de Natal do Presidente da República. Para o comentador da TVI, Cavaco Silva proferiu «um discurso pobre de fim de mandato» .
Marcelo Rebelo de Sousa considerou também que nada está ainda decidido na corrida a Belém. O comentador da TVI e também conselheiro de Estado afirmou que António Guterres tem tempo para decidir se avança ou não para uma candidatura à Presidência da República.
O antigo líder do PSD realçou que António Guterres até pode prolongar o mandato na ONU, chegar apenas dois meses antes das eleições presidenciais e ainda ganhar. Para Marcelo Rebelo de Sousa, «novembro é a altura adequada» para Guterres se apresentar como candidato .