“Vários líderes europeus tiveram a insensatez de fazer o discurso errado, no momento errado. Se eu estivesse na posição deles, eu escolheria o segundo caminho, que era o caminho de abrir caminho para o entendimento, porque acima de tudo é preciso preservar a zona euro, porque eu não tenho aquela ideia matemática pura de que 19 – 1 = 18, isso é na matemática, mas na política não é sempre necessariamente assim”, disse.
Marcelo rejeitou que a afirmação fosse uma crítica ao Presidente da República, que afirmou que se a Grécia sair da Zona Euro, “ficam 19 países”.
“Não estou a criticar, estou a dizer que como não sou professor de Economia, nem tenho a formação matemática, vejo às vezes uma formação mais jurídica”, considerou.
“Houve uma precipitação, uma euforia, no sentido em que ‘é óbvio, é evidente que o sim vai ganhar’. Chegou a dizer-se, pasme-se, poderia haver no minuto seguinte um governo tecnocrático favorável a Bruxelas, com o qual se negociaria rapidamente”, defendeu ainda Marcel o sobre a postura dos líderes europeus.
Sobre o impacto do referendo em Portugal, Marcelo defendeu que caso haja acordo é favorável a António Costa.
“Se isto evoluir para haver um acordo, digamos que as probabilidades são ainda diminutas, muito pequenas, são inferiores a 50%, mesmo depois do referendo. Esse acordo é favorável a António Costa, ironicamente, e é menos favorável, naturalmente a Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e ligeiramente menos favorável também, por muito que digam, aos partidos à esquerda do PS”.
Sobre as presidenciais, Marcelo defendeu que as sondagens vão determinar se Rui Rio avança antes das legislativas. O comentador da TVI falou ainda do regresso de Durão Barroso.