Grécia: “É um pontapé político numa Europa que está sem alma” - TVI

Grécia: “É um pontapé político numa Europa que está sem alma”

    Marcelo Rebelo de Sousa

Comentador da TVI Marcelo Rebelo de Sousa pede ao primeiro-ministro português que seja comedido nos comentários sobre Atenas e deixar de ser “o bom aluno que faz queixinhas do outro”

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Marcelo Rebelo de Sousa considera que se a Grécia sair do euro será “um pontapé político no projeto europeu, numa Europa que está sem alma”.

No Jornal das 8 da TVI, o comentador defendeu que a Europa não tem líderes, tem mangas de alpaca com falta de visão histórica.


“Não percebem que há um problema chamado dívida grega e efeito político sistémico de uma saída da Grécia do euro”


Marcelo Rebelo de Sousa exortou ainda ao bom-senso de Pedro Passos Coelho, no sentido de ser cuidadoso naquilo que diz sobre a Grécia.

“Tem de deixar de ser o bom aluno que faz queixinhas. Não se faz. É um problema de sensatez numa semana tão sensivel”

O comentador da TVI afirmou que esta é uma mistura inflamável..porque nenhuma das partes – Grécia e Instituições - está a ajudar. “Os Europeus têm falta de visão histórica. E Tsipras fez uma fuga para a frente", considerou.


“É preciso criar condições para haver acordo. Tudo o resto é mto mau para todos. Amanhã as bolsas euorpeias e mundiais acordam com um stress que não lhe digo. O único que manteve a serenidade foi Draghi, que garantiu que BCE continuava a não cortar a linha de financiamento à banca grega. É uma pressão sem rutura”


Marcelo Rebelo de Sousa considera que não há má fé das partes, mas diz ter dificuldade em concordar com o primeiro-ministro grego na convocação deste referendo da forma que o fez. O comentador defende que a situação do referendo não é muito diferente do que aconteceu com o ex-primeiro-ministro grego Geórgios Papandréu .


“A diferença é que Papandréu chegou a acordo mas percebeu que não havia base de apoio. E o Pasok desapareceu.  Aqui Tsipras nao fez o acordo, perante a proposta pediu referendo”, sublinhou.


Um referendo, que, defende, foi convocado sem se conhecer as perguntas ou as propostas.

“A concretizar-se, ou dizem sim e o governo cai, ou dizem não e significa a rutura irreversível”

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